segunda-feira, 5 de setembro de 2016

O brado da brava gente brasileira

Quase duzentos anos após o brado retumbante às margens plácidas do Ipiranga, há apenas cerca de 13 quilômetros de onde retumbavam mais recentemente os brados fortes de São Bernardo do Campo, o Brasil precisa declarar de novo a sua Independência. Hoje, dois tipos de brasileiros estão bradando nas ruas, escolas, empresas e nas mídias sociais. São duas manifestações completamente diferentes. Ambas sob a bandeira da democracia. Um brasileiro está exigindo a libertação de governos, partidos e políticos corruptos e incompetentes que destruíram o Brasil nos últimos anos.  Outro brasileiro, que prefere sonhar ingenuamente com os olhos fechados para não ver os danos reais que seus eleitos causaram à pátria, vai pelas ruas incentivando o vandalismo como a forma mais inteligente que tem para a mudança. Seguem o mal exemplo de seus líderes maiores. Para ele, tudo é permitido, desde que se pratique com a camisa vermelha em nome da democracia. Parece até que esse brasileiro deixou o Brasil real e foi embora pra Pasárgada. Lembra de Manuel Bandeira? Porque lá "é outra civilização". Lá não tem corrupção institucionalizada, não tem perda de investimentos, nem de empregos, nem do poder aquisitivo. Em Pasárgada não tem descaso com a educação, a segurança e a saúde pública. Em Pasárgada ele é "amigo do rei". Eu só não sei se essa Pasárgada fica mais próxima do Ipiranga ou de São Bernardo do Campo.

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