terça-feira, 27 de setembro de 2016

ASSALTO AO ÔNIBUS TRABALHADOR

Essa história é verídica. Um grupo de trabalhadores brasileiros viajava num ônibus bastante cheio, em direção a Brasilia. No caminho, um grupo de homens e mulheres vestidos de camisa vermelha sinalizou pedindo para subir no ônibus. Parte achou que não era o caso, mas a maioria estava de acordo.  As primeiras
horas transcorreram normalmente. Mas logo em seguida a turma de vermelho começou a enfiar a mão no bolso de todos os trabalhadores sem eles perceberem. Felizmente, no entanto, antes da viagem terminar, um delegado acompanhado de alguns policiais disfarçados dentro do ônibus, entre eles um japonês, percebeu a movimentação dos camisas-vermelhas e deu voz de prisão a toda a quadrilha. Foi uma confusão geral, mas ao mesmo tempo um alívio para quase todos os trabalhadores. Sim, para quase todos. Porque uma pequena parte dos trabalhadores  havia criado  muita afinidade e simpatia com as necessidades da quadrilha. Pois ela espalhou no ônibus os seus bons motivos que "batiam" com o sonho de todos ali. Assim, estranhamente, aquela parte dos trabalhadores disse para o delegado e para todos os que acompanhavam a prisão. "Calma! Está tudo bem. Esse pessoal não estava com a mão no nosso  bolso para roubar a gente. Claro que não! Eles são nossos camaradas. Na verdade, eles se preocupam muito com a gente e estavam apenas colocando dinheiro em nossos bolsos". Esse é o Brasil de hoje. Mais de 200 milhões de brasileiros sobem todos os dias nesse ônibus chamado Brasil para trabalhar honestamente e criar a sua história de sucesso. A quadrilha vermelha que subiu para roubar todo mundo só não contava com o delegado a bordo. Mas o mais lamentável de tudo nessa longa viagem é ver outros trabalhadores honestos reclamando do delegado por causa de sua afinidade com a camisa vermelha. Só porque acreditaram nos bons discursos dos chefes da quadrilha. O fato é que ainda há leis e autoridade que funcionam nesse país. E querendo ou não toda quadrilha vai ainda parar na prisão do delegado.

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