sábado, 27 de junho de 2020

Dá para fazer live mais "alive"?

Com o aquietamento temporário da avalanche gigantesca  de reuniões no mundo corporativo, caudado pela pandemia, explodiu-se por outro lado o numero de lives. Essas ótimas iniciativas e oportunidades para comunicar e compartilhar em tempo de quarentena informações e experiencias para fora das portas das empresas. Todas estão buscando o maior patrimônio da humanidade, um recurso em extinção: atenção das pessoas, já diminuída e dividida por tantas  ondas de informações de todos os lados.

Converso com amigos e amigas sobre a atenção que elas dedicam para as lives. Quase todas confessam que entram nelas, assistem um pouquinho para medir a temperatura  do conteúdo, e vão logo embora. Parece que a nossa capacidade geral de atenção está pedindo socorro. Possíveis questões de atenção sobre essa fantástica iniciativa que explodiu em tempos de pandemia, mas que deverá buscar novas emoções e dinâmicas no mundo corporativo:

1. Sua live não poderia ser mais curta?
2. Ela precisa ter tanta gente para falar e compartilhar sua experiência?
3. O formato de apenas um mediador continua sendo interessante?
4. A dinâmica tradicional das conversas não está causando a desatenção e desanimando a audiência?
5. O visual típico doméstico no background já não cansou?
6. Poderia haver um cenário mais empolgante mesmo em tempo de quarentena?
7. Pessoas falando sem serem claramente vistas na tela não dispersam a atenção da audiência?

Todas a essas questões levam para uma única pergunta: dá para melhorar tudo isso é fazer uma live mais dinâmica e empolgante para reconquistar a atenção das pessoas?  Acho que dá! Todo investimento e criatividade para reconquistar a atenção de seus públicos vale a pena.

quinta-feira, 25 de junho de 2020

O livro é um dos melhores amigos do homem

Imagine um montão deles então! Ele fala quando você precisar ouvir e apenas quando você estiver disponível. Faz você refletir e sorrir, quando anda sério ou séria demais. Conta até histórias que marcaram a sua infância. Viaja com você pelos grandes acontecimentos desde o capítulo 1 da humanidade. Faz você olhar para o lado para lembrar que não está sozinha. Diz pra você olhar pra frente ou para cima. Coragem, vamos! Cria caminhos para uma nova experiência pessoal, profissional e espiritual. Mostra horizontes com o tempo nublado. Leva você ainda para uma experiência marcante com o futuro.

E por tudo isso, o livro cobra muito pouco. Esse amigo do peito está sempre ali ao nosso alcance, quietinho na estante, ou mesmo na livraria, esperando você chegar para um passeio. Especialmente nessa época de reclusão geral, ele também está ao alcance de um pedido online para uma leitura digital. Eu já me habituei às duas formas de leitura. Mas por alguma razão que não sei explicar muito bem, há algo mágico na abertura e na leitura tranquila das páginas de um livro de papel. Apresento aqui hoje os 10 melhores amigos da minha atual temporada.

Resolvi hoje separar alguns livros para doação.  Escolhi a biblioteca de rua do senhor Paulo, que há um mês mais ou menos passou a usar um novo espaço localizado bem em frente à calçada anterior. Ele está ali por enquanto. Aceita esse tipo de doação porque ama livros. Já contei aqui a história dele, numa entrevista em vídeo há muitos posts atrás. Atualmente, o senhor Paulo diz que está tentando ganhar alguns trocados com a venda de livros alí. Mas diz também que se alguém não puder comprar um mas tem gosto pela leitura, ele acaba doando o livro também. Entre um sol e outro, o senhor Paulo procura ler quase todos os livros que chegam, enquanto vai cuidando da melhor maneira possível de sua biblioteca de rua. 

terça-feira, 16 de junho de 2020

Presidente lança slogan no porão da Pátria Amada

As suas promessas vieram acaloradas para uma nação desiludida e cansada de tantas lideranças ruins demais. O senhor chegou bradando de norte a sul que colocaria o Brasil acima de tudo e Deus acima de todos. Mas seu compromisso naquele belo slogan seria logo lançado no porão do País, aquela parte entre o primeiro piso e o solo da nação, onde se guardam coisas velhas. Ao deixá-lo lá, o senhor parece ter encontrado um slogan diferente do Ordem e Progresso de nossa bandeira. Suas mensagens diárias e suas ações passaram a defender fervorosamente uma nova ordem, a do Ódio e Regresso aos períodos escuros de uma ditadura.

Se o Brasil estivesse mesmo acima de tudo e Deus acima de todos em seu governo, haveria em seu exemplo e de todo o seu ministério mais atenção social, mais preocupação e mais compromisso com o seu povo e suas instituições. O senhor expressou que defenderia os valores da família brasileira, mas se tornou um mal exemplo e influencia para ela. Acima de tudo, deveria haver exemplo pessoal e de seus comandados para assegurar os valores da democracia, a liberdade de expressão e acima de tudo, nessa crise da pandemia, maior respeito com a saúde e a educação dos brasileiros.

No entanto, enquanto o país segue moribundo na sua saúde e economia, o senhor busca a benção evangélica para tentar relembrar o seu bom slogan, mas na prática sai logo pregando a invasão de hospitais, onde médicos e enfermeiros brasileiros estão trabalhando cansados para salvar a vida de outros brasileiros do coronovírus. Ao invés de governar o Brasil acima de tudo, o senhor prega diariamente contra todos os outros poderes de César, buscando colocar a sua própria interpretação das leis e a sua vontade acima de tudo. Esse tipo de governo, que não suporta a Constituição de um país, se chama ditadura!

Diante de tudo isso, o seu novo slogan - "E daí?" - expressa a sua lamentável indiferença e irresponsabilidade. O senhor não fala mais para a nação nem com a nação. Ao jogar o seu slogan no porão da Pátria Amada, o senhor deixou ali também a sua credibilidade diante dos brasileiros e do mundo todo. Infelizmente, resta-lhe apenas o calor de um grupinho de adoradores temperamentais que encontraram na sua liderança a aprovação oficial e final para manifestarem o pior que existe dentro do ser humano para se colocarem acima de todos.

Deus sim está acima de todos. Não o senhor! A sua forma de governo e o seu exemplo não representam o Brasil, nem aqui nem na China!

sábado, 13 de junho de 2020

Corra, Forest, corra! O novo normal vem aí!

Acho que temos uma expectativa exagerada para o chamado Novo Normal. Ele vai existir? Claro que vai, mas somente para a pessoa, para o profissional, para a empresa ou instituição que mudar. Do contrário, tudo será tão normal como antes em sua forma de atuar e enfrentar os desafios de cada dia. Possivelmente, muita gente vai desejar mesmo é voltar apenas à normalidade, à socialização ou à vida como sempre foi. Mas também muita gente vai avançar para um já atual futuro tecnológico que trouxe novos conceitos de flexibilidade, criatividade e conexão com todos os públicos desejados.

Concretamente, o novo cenário será de crise e recessão, em que todos os níveis de orçamento e consumo serão bastante reduzidos. Só haverá investimento de dinheiro e tempo em ideias, serviços e soluções que consigam de fato incrementar o ritmo das atividades e dos negócios em plena transformação. Busca-se cada vez mais conceitos e padrões mais acessíveis e criativos que geram resultados palpáveis e estratégicos.

Para entrar e correr nessa nova e velha competição da sobrevivência, é fundamental uma dose caprichada e constante de energia, criatividade e visão para transformar-se em um triatleta em sua praia de atuação. Todas as atividades da vida humana estão sendo transformadas da cabeça aos pés, em diferentes níveis da escala Richter. Um das mais impactadas, certamente, é a área da comunicação e da informação. O jornalista, por exemplo, tem hoje que ampliar sua experiência com a capacidade de trabalhar com todas as mídias e plataformas para solucionar problemas de comunicação em todos os setores que demandam um nova nova forma de conexão e informação.

Nós, profissionais da comunicação empresarial precisamos triplicar, no mínimo, nossa capacidade de cooperação em todos os sentidos e com todas as plataformas possíveis com os mais variados públicos. E não só com a imprensa. As empresas vão precisar encontrar, ou reencontrar o caminho para um novo diálogo com seus parceiros, clientes e consumidores, para contar a eles como ela mudou para atender a sua mudança. Apesar do ritmo lento da retomada, é sem dúvida uma corrida mais acelerada, pela urgência de sobrevivência das empresas, dos empregos, das instituições e do próprio País. Corra, Forest! Corra!

sexta-feira, 12 de junho de 2020

A bandeira levantada hoje em Brasília pede Ódio e Regresso

Sem dúvida, a atmosfera nesse ano está contaminada de ódio por todos os cantos do Brasil. Ódio despertado pela indiferença e desrespeito de um mito insano em meio ao maior caos da saúde pública e da economia brasileira. A energia do ódio tem causado miopia de mais de 10 graus em seus seguidores, que não conseguem ver a realidade de tanta tragédia e passam a desrespeitar com violência verbal e física todos que pensam e agem diferente.

O ódio federal tem estimulado diariamente a afronta às instituições, à imprensa, aos opositores e à democracia conquistada ao longo de muito sofrimento pelos brasileiros. Aos gritos cheios de palavrão, o mito do ódio quer promover o regresso da ditadura e da opressão. A bandeira levantada hoje em Brasil pede Ódio e Regresso.

Estamos sendo testemunhas de um mito insano, que diz pregar a verdade, mas é contrário à liberdade de expressão e não mostra qualquer capacidade de solidariedade com a população que atravessa um dos períodos mais negros de sua história, vendo familiares e amigos irem à sepultura sem uma digna cerimônia por causa de uma pandemia global. E daí? diz o mito, já que todos vão morrer mesmo, sendo admirado por sua indiferença por quem pensa igualzinho a ele. Assistimos diariamente um mito sem bom senso despertando em seus fiéis adoradores a índole da violência, da truculência e do desequilíbrio.

Vemos um líder maluco despertando o ódio verde e amarelo contra outros brasileiros de verde e amarelo. Um mito que conclama brasileiros a entrarem nos hospitais para atrapalhar brasileiros tentando salvar brasileiros contra uma pandemia incontrolável. Argumenta que precisa confirmar se o coronavírus de fato está matando, como apontam os números frios.Ele não teria meios mais adequados para isso? Se isso não é insanidade pura, meus amigos, então a loucura já virou o novo normal. Não há nenhum equilíbrio na insanidade. Mas ela também vai passar! Juntamente com seu mito do ódio.