sábado, 27 de dezembro de 2014

Estamos protegidos com cerca elétrica?

Caminhava e corria com as crianças sob o sol de Ubatuba, no litoral Norte de São Paulo, e notava como já muitas residências passaram a adotar cercas elétricas em seus muros. Ao retornar a São Paulo, enquanto caminho e corro pelas ruas quase que tranquilas da cidade nessa época do ano, observo que muitas e muitas casas já estão guardadas por cercas elétricas para evitar roubos. Estamos mais cercados eletricamente do que nunca. Sem trocadilhos, é um choque essa situação. Ela me faz lembrar uma expedição com jornalistas na África do Sul, quando em uma das noites pousamos num acampamento protegido com cerca elétrica para evitar o ataque de leões ou de outros animais selvagens. Sinceramente, a gente se sente mais seguro na selva africana onde as feras não tem a inteligência suficiente para cortar ou desativar a cerca elétrica. Pois possivelmente nas grandes cidades, os espertinhos já desenvolveram uma forma para fazer isso. A invasão do que é privado não tem mais limites. Aliás, meu amigo brasileiro, a invasão do que é publico também não tem. Parece não haver cerca elétrica ou moral eficientes para impedir que as feras humanas "corrupatas" invadam os cofres públicos e levem o dinheiro dos brasileiros embora. Se não há cerca elétrica suficiente para guardar os bandidos lá dentro das prisões, porque nós ficaríamos guardados por elas dentro de casa?

sábado, 13 de dezembro de 2014

Exemplos são exemplos durante todo o tempo

Ele era considerado o pulmão do time do Palmeiras no período de 1964 a 1975. Portanto, talvez você não era nem nascido quando esse jogador fazia história nesse esporte. Dudu era o volante que tinha uma das missões mais difíceis do futebol brasileiro na época em que tinha muitas vezes que enfrentar o Santos e portanto cara a cara o maior jogador do mundo, o Pelé. Acabo de me encontrar com Dudu durante uma homenagem aos vencedores de um campeonato de futebol infantil em que joga meu menino, o William. Enquanto ele e seus amiguinhos comemoravam a vitória por 3 x 1, gritando "É campeão, é campeão!", conversei com Dudu sobre o seu histórico desafio em campo e lhe perguntei como era marcar Pelé. Já com 75 anos e ainda com uma boa memória, ele respondeu assim: "Era difícil! Ele era um jogador completo. Chutava de direita, chutava de esquerda.
Cabeceava bem. Matava bem a bola no peito. Era difícil!" Passei em seguida o comentário para o William, de 8 anos, que estava curioso sobre a resposta. Acho que o meu menino aprendeu uma grande lição com aquele grande jogador. Temos que procurar ser completos naquilo que fazemos. Será difícil sim, mas sempre valerá a pena. Precisamos sempre confiar e tentar. Exemplos e testemunhas disso não faltam.






quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

A corrupção na veia do Brasil

O Brasil nasceu corrupto e vai sempre privilegiar os corruptos, corruptores e corrompidos. Nunca vi tanta notícia assim sobre a descoberta de esquemas de corrupção com o dinheiro dos brasileiros. Nossa pátria amada está se destacando cada vez mais, para nós e para o mundo, pelo crescimento da corrupção. Nesse contexto, chama a atenção a competência da Polícia Federal que funciona com gente que merece nosso respeito. É surpreendente como ela consegue investigar, desvendar e prender integrantes de quadrilhas especializadas em desviar dinheiro público. Não importa o tamanho nem a influência do gatuno. Sistematicamente surge uma "operação" atrás de outra como resultado de muito profissionalismo e experiência. Infelizmente dos dois lados. Mas essa competência não abrange todos os organismos que deveriam complementar seus esforços sérios. Os presos pela Polícia Federal, você acompanha isso, acabam não ficando nem tão presos assim. Gozam de liberdade parcial ou até completa. Afinal, a justiça dos homens é mesmo incompleta. A corrupção existe tanto para a prática do delito como para a defesa de seus culpados. É de apodrecer! Claro que ela sempre existiu, mas hoje existe ainda mais. Porém felizmente há muita gente no Brasil que ainda se indigna e não se acostuma com a corrupção. Tomara que esse zelo e essa indignação se mantenham firmes e nunca se corrompam.

domingo, 7 de dezembro de 2014

Gigante entre os gigantes

Antes de pegar o avião em Congonhas paro ali em uma daquelas poucas lanchonetes para tomar um cafezinho. Sou apenas um paulista desfrutando do cafezinho local em meio a quase 20 milhões de pessoas que formam a chamada região metropolitana de São Paulo. Essa gigantesca região engloba, segundo o site InfoEscola.com, 39 municípios do Estado. Haja cafezinho! Com tanta gente assim, "a cidade é a sexta maior em escala mundial, além de estar na quarta colocação no ranking de maiores aglomerações do planeta". Todos sabem que o custo de vida em São Paulo é um gigantesco exagero, superior até as outras famosas capitais do mundo. É semelhante ao enorme número de prédios e de veículos que circulam por suas avenidas,  ruas e estradas. Sem contar os que estão estacionados em tudo quanto é canto. Alguns exageros, no entanto, estão acima da cota. Ainda no aeroporto de Congonhas, para acompanhar o cafezinho peço também um pãozinho de queijo. Pãozinho mesmo, nada exagerado. Mas o preço nesse aeroporto dessas duas pequenas coisas que apreciamos tanto em todo o Brasil, é desproporcional. R$ 9,65. Em qualquer outra parte do Brasil, você até consegue comer algo mais reforçado por esse valor. O que justifica isso? Aí eu me lembro que em uma cidade de gigantes, os precinhos não ficam fora desse contexto. Quem consegue sobreviver em São Paulo é mesmo um vencedor. Até conquistar outro privilégio de tomar um bom cafezinho em outro lugar, por um preço bem melhor.




sábado, 29 de novembro de 2014

Fast information na estrada digital

Entramos definitivamente numa moderna estrada digital e ela não tem retorno. Não há sinalização clara e nem limite de velocidade nessa estrada. Cada veículo - de comunicação -  segue no ritmo que consegue desempenhar. Alguns vão mais rápido enquanto outros vão quase parando. Nela, o futuro das publicações impressas é incerto e polêmico. São grandes os impactos nas atividades e negócios do jornalismo. O veículo impresso poderá se tornar um modelo clássico, artigo de museu da imprensa, que despertará saudades um dia, acreditam alguns. Ele vai se distanciar cada vez mais no retrovisor do tempo. Os veículos digitais se tornarão a maioria nas mãos dos que viajam nessa estrada. O destino é a mente de um leitor que busca informações cada vez mais rápidas e acessíveis. Talvez por isso menos aprofundadas. A exemplo da bem sucedida fast food, será cada vez maior a demanda pela fast information. Levará vantagem portanto o prato digital. Um colega aposta que os veículos ligados à moda e lifestyle poderão manter talvez por mais tempo seus veículos impressos nessa estrada, pelo prazer maior do leitor de folhear suas páginas sobre esses temas. Quando houver choques inevitáveis entre os veículos digitais e impressos, certamente esses últimos serão os primeiros a sair da estrada. Toda viagem pode ser prazerosa ou desconfortável, dependendo do veículo que escolhemos e do estado em que ele se encontra. Esse comentário, por exemplo, está chegando para você numa mídia digital: fast information. Aliás, como em toda a viagem, nos deparamos sempre com surpresas. Somos privilegiados por viajar
nessa estrada do futuro que já está existe hoje. É dirigir e curtir!


sábado, 22 de novembro de 2014

Temos a nossa própria vergonha

O dia de hoje traz de volta a lembrança de um dos capítulos de maior vergonha para a América. Era 22 de novembro de 1963 quando o então presidente da maior nação do mundo, John Kennedy, ao lado da mãe de seus pequenos filhos, desfilava em carro aberto pelas ruas de Dallas, Texas. Buscava maior proximidade com o povo americano em busca da releição. Mas um assassino covarde, supostamente até hoje, Lee Oswald, atirou na cabeça da América e acertou profundamente o coração de milhões de pessoas naquele país e no mundo todo. Cinco décadas e um ano já se passaram. E o mundo não ficou melhor. Ao contrário, ele está se tornando cada vez mais inabitável para as pessoas do bem. Aqui no Brasil, outro gigante país do mundo, também temos as nossas próprias maças podres espalhadas por todos os lugares. Especialmente onde jorram petróleo e dinheiro público. Elas estão misturadas com as boas maças. Têm gravatas, cargos influentes e partidos. Só não têm vergonha. Apodrecem moral e descaradamente roubando recursos que deveriam ser empregados na alimentação, saúde, educação e segurança de milhões de crianças, trabalhadores e idosos honestos deste país. Elas são maças corruptas e podres que conseguem sorrir e sugar milhões de barris e barris de petróleo da nação, sem demonstrar qualquer constrangimento. Como Lee Oswalds brasileiros, atiram covarde e friamente contra a cabeça e a moral de todos os cidadãos do Brasil. Muito pior que cupim. Hoje, essa é a nossa própria vergonha, que também entra para a história.

       

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Símbolo da alegria de um povo

Como o sétimo menino de uma família muito simples, alguém precisava ajudar a minha mãe a embalar a criança e dar-lhe uma atenção especial enquanto ela precisava cuidar também de seus irmãos. Assim, eu me lembro com saudade dos braços negros e do grande sorriso da Dona Geralda, que me acalmavam com tamanha serenidade. Vi o tempo passar ouvindo a voz animada e as contantes histórias engraçadas do Maurício, meu irmão negro de criação que tinha vindo fazer parte especial da grande família quando meus país já tinham dois meninos de sua própria autoria. Na escola, eu jogava muito bola e o meu parceiro de ataque era o Osvaldo, negrinho esperto de jogadas inteligentes. Nem precisa mencionar quem ele lembrava. Com a história correndo no tempo, nossos capítulos são marcados ate hoje pela presença sempre agradável, pela simplicidade contagiante, pelo exemplo sereno, pelo sorriso brilhante e pela voz naturalmente musical da raça negra. Simbolo da alegria de um povo. É uma das maiores riquezas que temos no Brasil e no mundo. Hoje é comemorado o dia da Consciência Negra, em referência à morte de Zumbi, o líder histórico do Quilombo dos Palmares, que foi morto por bandeirantes em 1695, entre os estados de Alagoas e Pernambuco. Tornou-se um símbolo da luta e resistência dos negros escravizados no Brasil e também da luta por direitos e valorização do povo afro-brasileiro na sociedade atual.



sábado, 15 de novembro de 2014

Você precisa disso agora?

Nascemos consumidores e vamos consumir até o fim. Até o fim do que consumimos ou até o nosso próprio fim. É assim mesmo, não tem como deixar de consumir todo dia. A questão como sempre é o equilíbrio. Um filme, por exemplo, uma vez mostrava um grande cantor americano de música pop, que não vive mais entre os consumidores, M.J., entrando em várias lojas diferentes com assessores para todo lado que iam anotando os seus objetos de ...olhar. "I want thiiis....I want thaaat!". Mal dava tempo para os assessores observarem e registrarem direito todos os pedidos de compra. Na verdade, mal dava para o cantor desejar direito tudo o que via. O objetivo era simplesmente ter aquelas riquezas para si. Custavam milhares de dólares. Para isso, claro, o homem tinha muito, e coloca muito nisso, poder aquisitivo. Ou poder consumista. Mas um outro grande exemplo contrário a isso mostrou uma vez para mim o poder do equilíbrio diante de uma sociedade de consumo. Meu amigo, e possivelmente seu também, Martin Bernsmüller, um simpático gaúcho veterano que já conheceu praticamente todos os países desse planeta, uma vez colocou: "Por que vou trocar essa blusa por uma nova se essa ainda me serve?". Depois disso, sempre que vou ao shopping, sozinho ou com a família, e surge, imagina se não surge, um desejo enorme de comprar algo novo, a primeira coisa que pergunto é: "Mas você está precisando disso agora?" Quando a resposta é não, então aprendemos a não ser consumistas por impulso. E a curtir e valorizar melhor o que já temos. Grande Martin! Por onde ele anda? Continua viajando pelo mundo afora, com seu sorriso simpático e grande sabedoria!

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Não lhe mande um abraço

Manda um abraço pra ele! Manda um beijo pra ela! Eu não sei o que acontece durante o encaminhamento desse carinho brasileiro, mas a impressão que tenho é que ninguém entrega nada pra ninguém. Ele nunca recebe aquele abraço e ela nunca fica sabendo que havia um beijo mandado pra ela. Nessa distribuição de beijos e abraços entre pessoas que estão distantes e não se veem ou não se encontram tudo se perde e ninguém cobra nada. Fica tudo esquecido pelo caminho. Algumas pessoas ficam satisfeitas por terem pelo menos enviado o seu sinal de afeto acreditando que fizeram bem a sua parte. As outras sequer saberão que foram lembradas. A culpa é da amizade intermediária? De jeito nenhum. Tem coisas que você jamais deve terceirizar. Um abraço na pessoa querida é uma delas. Um beijo então nem se fala. Ou você acha que pedindo a alguém para fazer a sua parte terá o mesmo calor humano seu? Melhor não! Ora, meu! Dá um jeito e vai você mesmo ou você mesma dar um abraço ou um beijo nessa pessoa querida. Se você não acha que vale a pena, então não peça a mim para fazer isso. Um abraço!

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Nascido para construir ou para destruir

Meu saudoso pai costumava dizer que algumas pessoas nasceram para construir enquanto outras nasceram para destruir. É a pura verdade contada pela história. E nesse mundo de gente que nasce para todo tipo de propósito, há aqueles que nasceram para roubar. E fazem isso com a maior naturalidade e sem o menor constrangimento, talvez até acreditando em um "justo" motivo para si mesmo e para seus cúmplices. Para elas, o roubo é uma atitude e uma oportunidade que não se pode perder. Afinal, o tempo se vai e elas nasceram para isso mesmo. Rouba-se em todas as classes sociais. Rouba-se pouco, rouba-se muito. Rouba-se do patrimônio privado e rouba-se muito mais do patrimônio público. Rouba-se dos que tem muito e rouba-se dos que não tem nada.  Ele é praticado sozinho, em quadrilha e muito mais em partidos. Eles são pegos, são presos e são soltos, voltando a roubar de novo, exercendo o seu jeitinho natural. Jamais se arrependem. Sempre haverá o joio e o trigo até o fim da colheita, ou até o fim do joio. Só não dá para entender por que o trigo dá tanto espaço para o joio no Brasil.


terça-feira, 14 de outubro de 2014

A razão é equipamento de série em todo mundo


O homem e a mulher já trazem como equipamento de série e para usar durante toda a vida a razão. Ela é um recurso que ninguém abre mão em nenhuma situação. Porém, se o dono não souber usar, ele vai se estourar em algum lugar, infelizmente contra um outro ser humano. Outros se estouram sozinhos contra um espelho ou até mesmo contra um poste. Isso mesmo, tem quem se estoura até no travesseiro.  Uns tem muita habilidade em operar com a razão e fazem isso em equilibrada sintonia com conforto e segurança, permitindo uma condução eficiente e que dá prazer ao dirigir. Outros acreditam que a sua razão é o único e absoluto recurso disponível ao longo da estrada. E aceleram, não dando espaço para mais ninguém. Fazem uso excessivo da razão tanto nas retas tranquilas como principalmente nas curvas inesperadas da vida, colocando em risco o bem estar de todos e até a própria vida. Claro que não é possível viver totalmente sem razão. Eu por exemplo tenho razão quando digo que a melhor comida do mundo é a feijoada e a melhor empadinha que existe é a de camarão. Também tenho razão quando afirmo que uma das maiores satisfações do homem na Terra é tomar uma sopinha. Mas não vou insistir nisso com todo mundo. Nem vou fazer essas coisas todos os dias. O problema é o exagero. Por causa da razão, os hospitais estão lotados. Os consultórios dos psiquiatras e psicólogos não param de receber gente angustiada pelo abuso excessivo da razão ou que se tornaram vitimas das pessoas "cobertas" de razão. Por causa da razão muita gente morreu, está morrendo e vai morrer. Os cemitérios estão cheios de razão. Você acha que os terroristas não tem certeza que têm a "pura" razão?  Quando você fizer questão de mostrar que tem toda a razão do mundo, e não quiser ouvir o outro lado, procure examinar se a sua dose não esta além do limite saudável.  Já quando você se deparar com alguém que tem certeza que toda a razão lhe pertence em todo momento é melhor você não acompanha-la nessa direção! Deixe a pessoa ir em frente. Ela deve até gostar de viajar sozinha, curtindo a sua razão. Mantenha a segurança de seu equilíbrio, a sua alegria e a certeza de que tudo vai passar um dia, seja com razão ou sem razão. A estrada é muito boa, mas é especialmente prazerosa para quem aprendeu a andar equilibradamente por ela, respeitando as outras pessoas que seguem suas próprias direções ou os seus próprios caminhos! Você não acha que eu tenho razão?

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

O Brasil precisa da gente para mudar a situação

Se o seu carro serviu você por algum tempo mas a experiencia comprovou que ele deixou de cumprir a sua missão e não atende mais a sua expectativa, o que você faz  então? Como você é uma pessoa inteligente, você simplesmente muda de carro, ora! Tão simples quanto isso. Se o seu time está perdendo consecutivamente vários jogos e segue firme para a segunda divisão, o que você faz então? Continua comemorando e achando que ele é o melhor do campeonato? Como brasileiro que não gosta de ver o seu time perder, a primeira atitude firme que normalmente se toma nesse caso é a troca do técnico. Ora, se tratamos seriamente esses temas preferidos,  não vamos tratar seriamente também a escolha do técnico e a condição da condução de um país gigante como o Brasil, que está indo de mal a pior? Somos o País que apresenta o menor índice de crescimento entre os países "em desenvolvimento". Se queremos condições melhores para os brasileiros, de todas as regiões, nós temos a obrigação de mudar essa situação. Essa é a hora mais certa para isso. Não dá para ser omisso nesse momento tão decisivo para o Brasil por meio da anulação do seu voto histórico. Que o verdadeiro patriotismo e o bom senso represente a maioria em relação ao conformismo e à ingenuidade no dia 26 de outubro de 2014! O Brasil merece essa chance!

sábado, 4 de outubro de 2014

De volta para casa, após ataque dos inimigos invisíveis

Thamires, a primeira da esquerda para a direita
Você já sabe, há mais coisas no ar do que podemos imaginar. Vírus e bactérias não estão assolando apenas as partes mais remotas da Terra, como o Ebola nas regiões africanas. Aqui a gente convive também há muito tempo contra os inimigos invisíveis da saúde. Um desses guerrilheiros causou a amigdalite viral na Thamires, deixando a nossa menina, de 15 anos, hospitalizada por exatas duas semanas. A amigdalite é uma infecção das amigdalas, que são órgãos responsáveis justamente para defender o organismo de infecções.  Ou seja, se elas já são atingidas, a pessoa fica com baixa resistência para reagir aos ataques em outras áreas. Ocorreu que infelizmente a médica que a atendeu inicialmente prescreveu a injeção Benzetacil - antibiótico da família  das penicilinas bastante usado no combate a algumas patologias - que acabou "confundindo" todo o sistema imunológico dela e que por isso passou a "atacar a si mesmo". Pode isso? Fomos alertados a não deixar ela tomar mais a Benzetacil, uma das injeções mais fortes e doloridas que existem. Felizmente o hospital - São Luis - tomou todos os procedimentos para corrigir o primeiro erro, tendo realizado durante 14 dias uma serie infindável de exames e tratamentos. Hoje, com toda a alegria, estamos recebendo a Thamires de volta a casa, para retomar a sua rotina e o seu espaço, onde fez muita falta. Com a saúde a gente não pode brincar. Nem os médicos. Quando perguntarem se você é alérgico a algum tratamento, talvez a melhor coisa seria dizer: É melhor você confirmar isso, doutor! Eu sou apenas o paciente!.

sábado, 27 de setembro de 2014

Eta cafezinho bom!

SÁBADO É AQUELE bom dia de tomar, sem nenhuma pressa, aquele cafezinho gostoso na padaria. A chamada "média" - café com leite - servida pelo veterano "Gê" é o que mais se bebe ali. Até porque ela vem sempre acompanhada de um sorriso desse simpático nordestino, que consegue notar a ausência das companhias de todo mundo. "E as crianças, não vieram hoje? pergunta para um. "O velho ficou dormindo?, pergunta para outra. Mas hoje a máquina do café quebrou e, com ela, quebrou também a agradável rotina. Fui para outra padaria e o cafezinho, além do clima, não era
mais o mesmo. Acho que o mundo pode ser dividido em três classes de pessoas. As que gostam de café, as que não gostam de café e as que não conhecem o café. De acordo com o site www.brasilescola.com, o café é uma planta originária das terras altas da Etiópia. Seu nome provém da palavra "qahwa", que significa "vinho da Arábia". Com a expansão do Islamismo, o café foi difundido pela Europa, (onde surgiu a ideia de lhe adicionar açúcar) e, posteriormente, pela América. No Brasil, a planta foi introduzida por Francisco de Melo Palheta após uma viagem à Guiana Francesa por volta de 1727. Em momentos da década de 80, foi a segunda mercadoria mais valiosa do mundo, atrás apenas do petróleo. O café é rico em vitamina B, lipídios e sais minerais. Se consumido moderadamente, pode auxiliar, por exemplo, na prevenção de inúmeras doenças, como o mal de Parkinson, a depressão, o diabetes, os cálculos biliares. Ainda de acordo com o site, a cafeína presente na bebida estimula a atividade cerebral, a produção de endorfinas, além de melhorar a atenção e a concentração do indivíduo. O café ainda melhora a taxa de oxigenação do sangue, possui propriedades antioxidantes e combate os radicais livres presentes no organismo. Eta cafezinho bom!  Em qual classe de pessoas você se integra? 

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

O nó da gravata não deve nos enforcar

ÀS VEZES EU imagino o que seria da humanidade, em particular dos homens, se não existisse a gravata. Uns gostam muito e possivelmente até dormiriam com ela. A maioria não vê muito sentido e não sente nem um pouco a sua falta no pescocinho. Aliás, quem foi que inventou esse apetrecho para dar um nó em nossa garganta? Algumas fontes informam que a primeira utilização de objetos de forma semelhantes às gravatas de hoje foi possivelmente notada entre os egípcios. Arqueólogos identificaram algumas múmias egípcias meio "engravatadas". Vai ser formal assim esses faraós, hein! Diziam que a parecida gravata, feita de ouro ou cerâmica, possuía a forma de um cordão arrematado com um nó, cuja função seria de proteger o finado dos “perigos da eternidade". Outra possível origem da gravata remonta há milhares de anos, quando os guerreiros do imperador chinês Shih Huang Ti usavam um cachecol com um nó em volta do pescoço como símbolo de status e de elite entre as tropas. Essa possibilidade  pode ser melhor associada aos trabalhadores que se vestem mais formalmente hoje, afinal, vão para a "guerra" todo dia. Num mundo sem gravatas, as pessoas seriam iguais perante a lei. Não haveria preconceito com a cor de sua gravata. O homem não seria considerado de classe superior ou inferior, com base apenas no nó de sua gravata. Gente, eu tenho a impressão de que as maiores conquistas do homem na Terra, ou mesmo fora dela, foram sem gravata. Não me lembro, por exemplo, de ter visto Neil Armstrong, em 20 de julho de 1969,  ser o primeiro homem a pisar a lua, de gravata. Somos livres para escolher o que vamos ser na vida. Ser homens que realizam pequenas ou grandes coisas, de gravata ou sem ela. É uma grande decisão. Como diria Neil Armstrong, sem gravata: "É um pequeno passo para o homem, mas um grande passo para a humanidade". A Terra é azul!

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Precisamos da Inteligência Eletiva

Quem votou nos grandes lideres que dignificaram a história de seus países? Quem votou, por exemplo, naquele grande líder barbudo chamado Abraham Lincoln, o primeiro presidente que comandou a América, de 1861 a 1865? Diz a história que além dos eleitores do seu Partido Republicano, Lincoln conquistou votos até de inimigos da oposição, pela honestidade, transparência, caráter e verdadeira liderança. E dai? Ora, os eleitores entram juntos e de mãos dadas com seus elegidos para a história de seu país, de seu estado e de suas cidades. Seja para o bem ou para o mal. Hoje, pagamos o preço, para o bem ou para o mal, das escolhas que já fizemos no jovem Brasil democrático. Você é tão culpado pelo sucesso como pela decepção provocada pelo seu político eleito. Mas o mais importante agora é a história que vamos deixar para os nossos filhos. Se vamos entrar para a história do Brasil, de mãos dadas com as figuras que estarão em nossos assentos públicos nos próximos anos, é melhor contarmos com a inteligência eletiva para isso. Com ela ou sem ela, vamos ter os líderes que merecemos. Melhor escolher os nossos líderes com ela! Do contrário, não vamos ter muito orgulho quando formos conversar sobre a nossa participação nessa história.

 

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Eu posso voar!



Você conhece algum pássaro preso que canta muito de madrugada? Eu conheço. Bem cedinho, muito antes do sol nascer - isso se chama madrugada - ele começa a cantar em alguma gaiola pendurada lá perto de casa. Canta, canta e quanto mais canta...menos a gente dorme. Outro dia, faltou-me o sono e fiquei prestando atenção no que ele estava cantando. Era uma melodia melancólica, especialmente para aquele horário. O pobre passarinho parecia dizer assim: Eu posso voar! Eu posso voaar! Eu quero voaaar! Eu acho que consegui traduzir a canção nos seguintes termos: "Ah! gaiola humana! Não nasci com asas para elas ficarem aqui fechadas. Elas  me foram  dadas para eu ir além dos limites que o homem me deu. Não quero ficar nessa gaiola, apenas para compor o dia a dia de quem quer ouvir a minha cantoria. Mas talvez se aquele pássaro preso pudesse refletir, ele também nos veria numa grande gaiola humana, cercados de limites. E talvez ele perguntaria: "Cadê as suas asas, homem?"

sábado, 30 de agosto de 2014

A ida sem a volta

Era noite de lançamento do livro do jornalista Paulo Campo Grande na Livraria Martins Fontes, na Avenida Paulista, ao lado da Estação Brigadeiro do metrô. Para não ter o típico aborrecimento com o transito parado em pleno horário do rush em São Paulo, decidi deixar meu carro próximo à Estação Conceição e ir de metrô pegar o autografo do meu amigo. Antes de sair do escritório, em São Bernardo do Campo, sugeri aos meus colegas de trabalho, Fernando e Fabiano, que usassem também esse meio eficiente de transporte, especialmente naquele horário. Mas eles escolheram o conforto de seus carros. E fomos, cada um com a sua opção preferida. Como era de se esperar, pelo menos para mim, cheguei rapidinho ao local do evento. Encontrei muitos amigos jornalistas. Peguei a fila para comprar o livro e depois a fila do autógrafo e da simpática dedicação do autor.Troquei algumas palavras com ele. Era a realização de um antigo projeto do meu amigo. O livro se chama Jornalismo Automotivo: Historias e Dicas. Não deixe de ler. Ainda ali, encontrei mais amigos e papeamos um pouco mais. Por fim, após um encontro social muito agradável, achei que já era hora de ir embora. Ao me despedir das pessoas, já na saída da livraria, quem eu encontro chegando? Quem? Fernando e Fabiano. Você deve estar pensando: parece até nome de dupla sertaneja. Eles diziam olá para todos e para todos eu já dizia tchau! Aproveitei melhor meu tempo e ainda me sobraria mais tempo em casa, graças ao eficiente sistema do metrô que eu escolhi para chegar ali. Quem manda eles não valorizarem a minha dica!  Até amanhã, gente! Fui! Já ia descendo a escada do metrô Brigadeiro quando notei algo errado. A escada não estava funcionando por falta de energia. A estação estava cheia! O sistema de som anunciava: Senhores passageiros, informamos que por falta de energia, os trens não estão operando normalmente entre as estações da Clínicas e Brigadeiro! Caramba! Justamente nesse trecho? Não tem problema, eu sai cedo do evento mesmo, eu posso aguardar. Mas o anúncio se repetia varias vezes e não dava uma previsão da normalização do serviço. Troquei algumas mensagens no WhatsApp, passou mais um tempinho e nada. Por fim, recebo uma mensagem de minha amiga, Bia, que mora perto de casa, perguntando se eu estava no evento. Eu disse que já tinha saído mas que estaria voltando. Expliquei a situação do metrô e ela gentilmente me ofereceu uma carona até a Conceição. Com muita gente sai também da estação e voltei para a livraria. Caramba! Mas o Fernando e o Fabiano, a tal da dupla sertaneja que você pensou, ainda estava la. E agora? E pior, tinham a vantagem de estarem com seus carros estacionados ao lado do local. Eu queria evitar que me vissem! Passei uma mensagem para a Bia informando que esperaria por ela ao lado de fora da livraria. Mas como ela demorou em responder, achei melhor procurar por ela lá dentro. Mas infelizmente, logo que eu entro de novo, quem eu encontro? Quem? A dupla sertaneja! Não precisei falar nada! Começaram a rir sem parar! O que aconteceu com o metro? Quebrou mesmo? Antes de mais alguma pergunta deles, já fui falando que eu já tinha uma carona com a Bia! No dia seguinte, logo que cheguei ao escritório, todos já sabiam que eu fui ao evento de metro, mas não consegui voltar de metro. Diziam que era o metro do Giba! Quer saber de uma coisa? Nunca mais indico meio de transporte em São Paulo para ninguém. Cada um vai para onde quiser e do jeito que quiser. Fui!

sábado, 23 de agosto de 2014

Tantas coisas que não tem preço

Acordar não tem preço. Levantar também não. Poder caminhar e correr não tem preço. Você deve conhecer alguém que daria tudo o que tem para que ela mesma, ou uma pessoa querida, pudesse realizar uma dessas ações. Portanto, bom dia!!! Ter e saber preservar a saúde não tem preço. Ter boas condições para exercer a sua profissão não tem preço. Quem tem amigos de verdade têm um patrimônio inestimável. Não se pode pagar para ter bom humor. Voltar para casa, encontrar alguém esperando, que sorri para você com um abraço caloroso não tem preço. Especialmente se são abraços de braços pequenos. Compartilhar com a família as boas coisas do dia e ganhar novas energias não tem dinheiro que pague. Encostar sua cabeça no travesseiro certo de que você fez o melhor que sabe fazer, com dedicação e respeito pelas pessoas ao seu redor e por você mesmo lhe dá uma paz para dormir que não tem preço também. Portanto, boa noite!!! Até para você poder acordar amanhã com mais força e voltar a desfrutar daquelas boas coisas que você sabe que não tem preço.

terça-feira, 22 de julho de 2014

Vai lendo até debaixo de chuva


O brasileiro lê em média apenas 4 livros por ano, sendo apenas 2,1 livros até o fim, segundo a pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, feita pelo Ibope Inteligência com 5 mil entrevistados em 315 municípios em 2011. Cerca da metade da população brasileira - 88,2 milhões de pessoas - é considerada leitora, ou seja, leu ao menos um livro nos últimos três meses. É lamentável que tanta gente, especialmente estudantes e profissionais, não cultivem esse hábito. Argumentos para não ler  todos conhecemos, e todos aplicamos: "não tenho mais tempo pra nada!". Mas ai está uma grande mentira. Quem gosta, cria esse momento e lê até debaixo de chuva. Só para apresentar aqui um exemplo concreto, talvez até molhado disso, veja a "leitora" dessa foto. A jornalista Cristie Buchdid vai para o trabalho, sai do seu carro e enquanto faz uma pequena caminhada para o escritório, abre seu livro e vai lendo, vai lendo, vai lendo. Diariamente. Mas hoje tá chovendo! Não importa, guarda-chuva existe pra chuva e livro existe pra ler!  Com um exemplo desse, qualquer um fica indesculpável por não encontrar tempo para ler, especialmente em dias de sol.
http://oglobo.globo.com/sociedade/educacao/brasileiro-le-em-media-quatro-livros-por-ano-revela-pesquisa-4436899#ixzz37uxgpNik

sexta-feira, 20 de junho de 2014

O povo brasileiro é serio, sim senhor!

Como é comum a gente ouvir a velha frase, especialmente em época de grandes eventos, como a Copa do Mundo: o Brasil não é um país sério mesmo! Mas ela está longe da verdade, pois o povo  brasileiro é muito sério, sim senhor! Como você pode dizer que um jovem, ou uma jovem, em todo o país, que tem que começar a trabalhar muito cedo, nos dois sentidos, aos 15 anos, ou menos,  e às 6 da manhã, ou mais cedo, por exemplo, para ajudar em casa e para tentar se formar, não representa um povo sério? Como podem milhões de brasileiros, com salário mínimo ou abaixo de suas necessidades básicas, que labutam honestamente sem parar, não ser um povo sério? Passam a vida trabalhando para poder descansar mais tarde, e quando chega esse momento, continuam trabalhando até não aguentarem mais. Um povo que não vê o retorno digno de seus impostos mas que ainda assim continua dando duro, honestamente, não é sério? O fato de termos bom humor para enfrentar tudo isso, não tira os calos da nossa seriedade! Quem infelizmente não é séria é a grande parte daquela classe que deveria tratar dignamente dos assuntos e do dinheiro públicos e não o faz. Mas ela não deve representar o melhor que temos no Brasil. Por mais que ela permaneça!

quinta-feira, 5 de junho de 2014

A bola ia rolar muitas vezes e terminar nos pés do meu menino


Eu era um menino de 9 anos e jogava bola no campinho quando meu irmão mais velho, o Carlos, chegou à beira do campo e perguntou se eu não queria ver a despedida do Pelé da Seleção tricampeã do mundo. Era o dia 11 de julho de 1971. Parei a jogada para ver a despedida, a primeira das duas, do maior jogador de futebol do mundo, em amistoso no estádio do Morumbi. Corri para casa, me aprontei, e fui com meu irmão ver aquela partida histórica.O Negão ia marcar o seu gol no empate de 1 x 1 contra a Austria.  

Muitos jogos e jogadas se passariam, inclusive naquele campinho onde cresci jogando bola junto com outros garotos. Campinho  que hoje já não existe mais. Aqueles pequenos companheiros também se tornariam adultos e pais de meninos que seguiriam suas jogadas, ou passos pela vida. Quarenta e três anos depois eu convoco outro menino, de 8 anos, meu filho William, para assistir a um outro jogo amistoso da Seleção Brasileira, no mesmo estádio do Morumbi. É o seu desejo ver de perto a seleção pentacampeã do mundo. O tempo passa e as jogadas se repetem. A gente pode assim ver a continuação do jogo do campinho, até com mais emoção. A gente simplesmente muda de personagem nesse jogo.

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Uma boa vida "sem sal"

Relaxando com meus dois filhos e contando algumas histórias de quando eu também era criança, decido perguntar a eles: o que vocês gostariam que o papai passasse a fazer ou deixasse de fazer? A Gaby, 10 anos, me deu a ideia de começar a poupar um dinheiro para levar todo mundo para a Disney. Compromisso assumido. O William, 8 anos, já me apontou para algo que eu devo deixar de fazer. "Papai, você precisa parar de colocar tanto sal na comida. Isso ainda vai fazer mal para você". Ele foi tocar justamente no sal. Para mim, esse é um componente essencial em qualquer almoço ou jantar, e não pode ter de menos. Até já comentei que uma das coisas que eu levaria para uma ilha deserta é o sal. Já pensou sobreviver ali por meio da caça mas ter que comer um churrasco sem sal? "Papai, quando você for colocar sal na comida e eu estiver por perto, você vai me chamar para eu ver se você está mesmo fazendo isso direito", complementou uma das maiores autoridades do mundo no assunto. Essas autoridades são formadas por aquelas pessoas que amam e querem ter a gente ao seu lado para sempre. Lá se foi o meu sal!

sábado, 10 de maio de 2014

A vida é um fast-food, até não precisarmos mais comer

Você já notou que a maioria das pessoas está comendo cada vez mais rápido? E nem percebem isso mais. Muita gente adotou definitivamente o conceito de "fast-food", que até então se aplicava ao consumo de refeições rápidas preparadas em restaurantes como McDonald's, Burger King, Pizza Hut,  Habib's, para todo e  qualquer tipo de refeição. Esse conceito de alimentação foi criado para atender as atividades de um estilo de vida estressante. Repare se as pessoas não almoçam ou jantam no restaurante, ou mesmo em casa. no mesmo ritmo de uma paradinha rápida em um daqueles lugares. Estamos perdendo o prazer de saborear uma boa refeição, com mais calma e prazer. Isso é um mal costume que passamos para a próxima geração, a medida que nossas crianças acompanham o nosso ritmo e esse ritmo é cada vez mais acelerado. Desse jeito, em breve estaremos todos fazendo as principais refeições em pé ao lado da mesa, ou mesmo caminhando, e até  dentro do carro, ou do metrô, ônibus. Acho que merecemos ter um tempo mais adequado e prazeroso para comer. Não acha?

sábado, 26 de abril de 2014

Onde mesmo você está?

A Internet é uma das poucas coisas criadas pelo homem que ele realmente não entende. Ela está em constante estado de mutação, crescendo e se tornando a cada segundo mais complexa. É uma fantástica fonte para o bem como também um potencial terrível para o mal. E o seu impacto no cenário mundial está apenas começando. Essa é a constatação de duas autoridades mundiais no assunto: Erick Schmidt, Executive Chairman, e Jared Cohen, Diretor, do Google. No seu livro, The New Digital Age, Reshaping the Future of People, Nations and Business, eles afirmam que futuramente todas as pessoas vão experimentar alguma forma de conectividade, através de uma variedade de meios e dispositivos. Achei curioso os autores visualizarem que "todos" deverão ter essa experiência.  Ou seja, o impacto do progresso da ciência tanto no mundo físico como virtual ainda está para ser conhecido. Ou não! Hoje, milhões de pessoas continuam não entendendo como funciona a física da Internet. Ainda menos no futuro! Com seu avanço, talvez o homem não entenderá mais nem a sua própria vida. Não poderá distinguir o que é real e o que é virtual. Hoje já tem muita gente vivendo completamente entre os dois mundos. E não sabem exatamente onde elas estão!

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Olha o povo brasileiro, com bom humor, futebol e samba!

Que seria do povo brasileiro se não tivesse bom humor? Claro que temos muitos motivos bons para isso. Não nos falta, por exemplo, um clima gostoso durante a maior parte do ano. Vivemos num pais tropical, com as melhores praias do mundo. Só esse fato já representa muito de nosso lado bem humorado. Se você acha pouco, talvez você não tenha tido a chance de sentir na pele o frio de muitas partes do mundo, que acaba congelando o humor de muita gente lá fora. A cultura brasileira permite brincarmos com todas as coisas, sejam elas sérias ou triviais, públicas ou privadas. Assim, para o mal ou para o bem, deixamos de levar a sério muitas coisas. O brasileiro  encara quase tudo  com muita ironia e indiferença. As promessas públicas não realizadas ou atrasadas são sempre esquecidas.É assim que o brasileiro se permite curtir a vida do jeito que ela se apresenta. Sabemos que um de nossos piores males são os politicos corruptos. Eleitos por nossa própria escolha, ou por nossa própria ignorância.  Pior que eles é a nossa memória. A imprensa estrangeira, que já chega aos montes, vai constatar que nem tudo está pronto para a Copa do Mundo. Mais um exemplo que ampliará a visão internacional de que, como país, não temos organização nem planejamento. A midia internacional divulgará nos próximos dias, à parte das possíveis manifestações e badernas oportunistas, a imagem global de que realmente o Brasil é apenas o país do futebol e do samba.

sexta-feira, 28 de março de 2014

A primeira e a segunda despedidas a gente nunca esquece

Você deve ter a sua própria história com ela. A minha é a seguinte. Naquele doce período de menino aventura, ainda segurava nas mãos de meu pai ou de minha mãe quando ia para o ponto de ônibus. Só que no lugar de ônibus, havia na cidade como meio de transporte público apenas a Kombi. Lá de cima vinha ela e a gente torcia para que não viesse lotada. Aliás, se chamava Lotação. Estava quase sempre cheia de gente ou de histórias. Quando dava, a gente entrava e sentava ao lado de desconhecidos, mas naquele veículo todos pareciam ser da mesma família. Quando a Kombi vinha cheia, o motorista fazia aquele inesquecível gesto, esfregando o polegar no outros quatro  dedos. Era o sinal que tínhamos que aguardar outra Kombi. Ela viria milhares de vezes naquele tempo de menino para me levar para a escola, para as compras no centro da cidade, para passear. Enfim, sem ela eu não ia para lugar nenhum. Mas um dia veio a primeira despedida. Ainda com muitos anos de vida pela frente, ela deixou a missão naquela cidade e cedeu lugar para os micro-ônibus. Depois esses deram lugar definitivamente para o ônibus. Era a modernidade do transporte público chegando. Passou-se muito tempo e após todos os encontros casuais que tive com a Kombi, eu vivi outro momento muito  especial com  esse veículo admirado em todo mundo, que sempre vinha e ia cheio de histórias de muita gente. Eu tive o privilégio de trabalhar na primeira casa da Kombi, onde era  fabricada há mais de 50 anos. Sempre com muito carinho e orgulho. Saiam de lá novinhas em folha para milhares e milhares de outras casas. Então veio a segunda despedida. Ela deixaria de ser produzida no Brasil. E assim ela deixou para sempre a sua primeira casa no País!
https://www.youtube.com/watch?v=I_B4-UjQtD8&feature=youtu.be

quarta-feira, 26 de março de 2014

Para onde foi todo mundo?

Em todo mundo, milhares de jovens estão simplesmente desaparecendo todos os dias, especialmente no Brasil. Testemunhas, entre elas pais, familiares e amigos, informam que elas foram vistas pela última vez quando usavam seus celulares, tablets e computadores e em contato com outros jovens que também desapareceram. Esses aparelhos simplesmente abriam suas enormes telas e engoliam lentamente as pessoas, muitas dos quais nem percebiam que estavam sendo devoradas pela tecnologia. Jovens de toda classe social continuam sendo engolidos dentro de casa, no trabalho, nas escolas, nos meios de transporte e nas ruas. Em grande parte, as pessoas também estão sendo engolidas em restaurantes cheios, na frente de outras pessoas, e sob o olhar angustiante da pessoa convidada  para o jantar. E pior, antes de verem o menu.  Algumas mulheres afirmam que antes de engolidos, seus maridos até davam ironicamente um "tchauzinho" para elas, dizendo: "Fui!!!" Posteriormente, foram contatadas por eles com a mensagem estúpida: "Eu estou aqui, querida, e você?".  Amigos estão perdendo os amigos, a não ser que sejam engolidos juntos pelos próprios recursos que deveriam aproximá-los. Ainda não sabemos  se essa onde de sequestros para o mundo digital terá um fim, nem se as pessoas que desapareceram poderão voltar ao mundo real um dia. Sabe-se porém que no mundo digital não existe um verdadeiro e caloroso abraço de uma pessoa querida. Sabe-se também que nem dá para curtir bem tudo o que se curte naquele mundo. É melhor não ser engolido!

sábado, 22 de março de 2014

Muita manchete para pouca notícia

Era muita manchete para pouca notícia! Muitos jornalistas já ouviram ou comentaram algo assim. Para quem não é do ramo, a afirmação se aplica a uma reportagem que traz um título muito interessante, de chamar mesmo a atenção, mas quando o interessado procura entender melhor o conteúdo da matéria, encontra que não era nada tão importante ou interessante assim. Recentemente, porém, e pela primeira vez,  vi essa frase ser aplicada num contexto diferente. Algumas colegas jornalistas mencionavam a sentença, no duplo sentido, ao se referir a pessoas que querem aparecer demais, falar demais, prometer demais mas que, surpreendentemente, cumprem ou correspondem de menos. Isso em vários sentidos. E é bom ficar atento. Quer a gente queira ou nao, todas as manchetes que entregamos e compartilhamos no dia a dia estão sendo constantemente analisadas pelas pessoas que convivem com a gente. Se não escrevermos adequadamente as nossas manchetes, depois não
adianta a gente reclamar que as pessoas não sabem ler!

sábado, 8 de março de 2014

A força do respeito contra a fraqueza do desrespeito

Sem dúvida, uma das maiores virtudes de um homem ou de uma mulher é a sua capacidade de respeitar. Quem tem essa capacidade demonstra equilíbrio, maturidade, segurança, felicidade e muita autoestima. Não convém deixar-se abalar pela falta dessa qualidade nas outras pessoas, afinal, que está carente de seus atributos e vantagens são elas. A força do respeito não tem nada a ver com tolerância. Os respeitosos não toleram a injustiça, a arrogância, nem a mentira. Por isso, além de mais sinceros, são mais construtivos. Os desrespeitosos também querem construir, mas destruindo tudo a sua frente. E acham que podem. O respeito deve ser merecido, mas só os equilibrados e fortes tem a capacidade de dar respeito. Eles buscam entender e valorizar as verdadeiras qualidades e intensões dos outros, lembrando sempre que tratam com seres humanos e suas imperfeições. Quem respeita não se arrepende nunca de ter respeitado. Mas, infelizmente, a medida que o desempenho geral da "economia interior" vai mal, aumenta a frieza, a insatisfação, a insegurança, o desequilíbrio e também o desrespeito das pessoas. Em quase todos os lugares e situações. Não se respeita mais as crianças, os mais velhos, os mais jovens, os mais prudentes, os mais equilibrados, os mais simples, os mais pacientes, os mais idealistas, os mais realizadores, os mais construtivos, os mais idealistas, os mais otimistas, os mais sinceros, os mais sorridentes... Mas que essas pessoas ainda existem, elas sim existem! E fazem a boa diferença em nossas vidas! E merecem todo o nosso carinho e respeito.