sábado, 27 de setembro de 2014

Eta cafezinho bom!

SÁBADO É AQUELE bom dia de tomar, sem nenhuma pressa, aquele cafezinho gostoso na padaria. A chamada "média" - café com leite - servida pelo veterano "Gê" é o que mais se bebe ali. Até porque ela vem sempre acompanhada de um sorriso desse simpático nordestino, que consegue notar a ausência das companhias de todo mundo. "E as crianças, não vieram hoje? pergunta para um. "O velho ficou dormindo?, pergunta para outra. Mas hoje a máquina do café quebrou e, com ela, quebrou também a agradável rotina. Fui para outra padaria e o cafezinho, além do clima, não era
mais o mesmo. Acho que o mundo pode ser dividido em três classes de pessoas. As que gostam de café, as que não gostam de café e as que não conhecem o café. De acordo com o site www.brasilescola.com, o café é uma planta originária das terras altas da Etiópia. Seu nome provém da palavra "qahwa", que significa "vinho da Arábia". Com a expansão do Islamismo, o café foi difundido pela Europa, (onde surgiu a ideia de lhe adicionar açúcar) e, posteriormente, pela América. No Brasil, a planta foi introduzida por Francisco de Melo Palheta após uma viagem à Guiana Francesa por volta de 1727. Em momentos da década de 80, foi a segunda mercadoria mais valiosa do mundo, atrás apenas do petróleo. O café é rico em vitamina B, lipídios e sais minerais. Se consumido moderadamente, pode auxiliar, por exemplo, na prevenção de inúmeras doenças, como o mal de Parkinson, a depressão, o diabetes, os cálculos biliares. Ainda de acordo com o site, a cafeína presente na bebida estimula a atividade cerebral, a produção de endorfinas, além de melhorar a atenção e a concentração do indivíduo. O café ainda melhora a taxa de oxigenação do sangue, possui propriedades antioxidantes e combate os radicais livres presentes no organismo. Eta cafezinho bom!  Em qual classe de pessoas você se integra? 

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

O nó da gravata não deve nos enforcar

ÀS VEZES EU imagino o que seria da humanidade, em particular dos homens, se não existisse a gravata. Uns gostam muito e possivelmente até dormiriam com ela. A maioria não vê muito sentido e não sente nem um pouco a sua falta no pescocinho. Aliás, quem foi que inventou esse apetrecho para dar um nó em nossa garganta? Algumas fontes informam que a primeira utilização de objetos de forma semelhantes às gravatas de hoje foi possivelmente notada entre os egípcios. Arqueólogos identificaram algumas múmias egípcias meio "engravatadas". Vai ser formal assim esses faraós, hein! Diziam que a parecida gravata, feita de ouro ou cerâmica, possuía a forma de um cordão arrematado com um nó, cuja função seria de proteger o finado dos “perigos da eternidade". Outra possível origem da gravata remonta há milhares de anos, quando os guerreiros do imperador chinês Shih Huang Ti usavam um cachecol com um nó em volta do pescoço como símbolo de status e de elite entre as tropas. Essa possibilidade  pode ser melhor associada aos trabalhadores que se vestem mais formalmente hoje, afinal, vão para a "guerra" todo dia. Num mundo sem gravatas, as pessoas seriam iguais perante a lei. Não haveria preconceito com a cor de sua gravata. O homem não seria considerado de classe superior ou inferior, com base apenas no nó de sua gravata. Gente, eu tenho a impressão de que as maiores conquistas do homem na Terra, ou mesmo fora dela, foram sem gravata. Não me lembro, por exemplo, de ter visto Neil Armstrong, em 20 de julho de 1969,  ser o primeiro homem a pisar a lua, de gravata. Somos livres para escolher o que vamos ser na vida. Ser homens que realizam pequenas ou grandes coisas, de gravata ou sem ela. É uma grande decisão. Como diria Neil Armstrong, sem gravata: "É um pequeno passo para o homem, mas um grande passo para a humanidade". A Terra é azul!

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Precisamos da Inteligência Eletiva

Quem votou nos grandes lideres que dignificaram a história de seus países? Quem votou, por exemplo, naquele grande líder barbudo chamado Abraham Lincoln, o primeiro presidente que comandou a América, de 1861 a 1865? Diz a história que além dos eleitores do seu Partido Republicano, Lincoln conquistou votos até de inimigos da oposição, pela honestidade, transparência, caráter e verdadeira liderança. E dai? Ora, os eleitores entram juntos e de mãos dadas com seus elegidos para a história de seu país, de seu estado e de suas cidades. Seja para o bem ou para o mal. Hoje, pagamos o preço, para o bem ou para o mal, das escolhas que já fizemos no jovem Brasil democrático. Você é tão culpado pelo sucesso como pela decepção provocada pelo seu político eleito. Mas o mais importante agora é a história que vamos deixar para os nossos filhos. Se vamos entrar para a história do Brasil, de mãos dadas com as figuras que estarão em nossos assentos públicos nos próximos anos, é melhor contarmos com a inteligência eletiva para isso. Com ela ou sem ela, vamos ter os líderes que merecemos. Melhor escolher os nossos líderes com ela! Do contrário, não vamos ter muito orgulho quando formos conversar sobre a nossa participação nessa história.

 

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Eu posso voar!



Você conhece algum pássaro preso que canta muito de madrugada? Eu conheço. Bem cedinho, muito antes do sol nascer - isso se chama madrugada - ele começa a cantar em alguma gaiola pendurada lá perto de casa. Canta, canta e quanto mais canta...menos a gente dorme. Outro dia, faltou-me o sono e fiquei prestando atenção no que ele estava cantando. Era uma melodia melancólica, especialmente para aquele horário. O pobre passarinho parecia dizer assim: Eu posso voar! Eu posso voaar! Eu quero voaaar! Eu acho que consegui traduzir a canção nos seguintes termos: "Ah! gaiola humana! Não nasci com asas para elas ficarem aqui fechadas. Elas  me foram  dadas para eu ir além dos limites que o homem me deu. Não quero ficar nessa gaiola, apenas para compor o dia a dia de quem quer ouvir a minha cantoria. Mas talvez se aquele pássaro preso pudesse refletir, ele também nos veria numa grande gaiola humana, cercados de limites. E talvez ele perguntaria: "Cadê as suas asas, homem?"