sexta-feira, 28 de março de 2014

A primeira e a segunda despedidas a gente nunca esquece

Você deve ter a sua própria história com ela. A minha é a seguinte. Naquele doce período de menino aventura, ainda segurava nas mãos de meu pai ou de minha mãe quando ia para o ponto de ônibus. Só que no lugar de ônibus, havia na cidade como meio de transporte público apenas a Kombi. Lá de cima vinha ela e a gente torcia para que não viesse lotada. Aliás, se chamava Lotação. Estava quase sempre cheia de gente ou de histórias. Quando dava, a gente entrava e sentava ao lado de desconhecidos, mas naquele veículo todos pareciam ser da mesma família. Quando a Kombi vinha cheia, o motorista fazia aquele inesquecível gesto, esfregando o polegar no outros quatro  dedos. Era o sinal que tínhamos que aguardar outra Kombi. Ela viria milhares de vezes naquele tempo de menino para me levar para a escola, para as compras no centro da cidade, para passear. Enfim, sem ela eu não ia para lugar nenhum. Mas um dia veio a primeira despedida. Ainda com muitos anos de vida pela frente, ela deixou a missão naquela cidade e cedeu lugar para os micro-ônibus. Depois esses deram lugar definitivamente para o ônibus. Era a modernidade do transporte público chegando. Passou-se muito tempo e após todos os encontros casuais que tive com a Kombi, eu vivi outro momento muito  especial com  esse veículo admirado em todo mundo, que sempre vinha e ia cheio de histórias de muita gente. Eu tive o privilégio de trabalhar na primeira casa da Kombi, onde era  fabricada há mais de 50 anos. Sempre com muito carinho e orgulho. Saiam de lá novinhas em folha para milhares e milhares de outras casas. Então veio a segunda despedida. Ela deixaria de ser produzida no Brasil. E assim ela deixou para sempre a sua primeira casa no País!
https://www.youtube.com/watch?v=I_B4-UjQtD8&feature=youtu.be

quarta-feira, 26 de março de 2014

Para onde foi todo mundo?

Em todo mundo, milhares de jovens estão simplesmente desaparecendo todos os dias, especialmente no Brasil. Testemunhas, entre elas pais, familiares e amigos, informam que elas foram vistas pela última vez quando usavam seus celulares, tablets e computadores e em contato com outros jovens que também desapareceram. Esses aparelhos simplesmente abriam suas enormes telas e engoliam lentamente as pessoas, muitas dos quais nem percebiam que estavam sendo devoradas pela tecnologia. Jovens de toda classe social continuam sendo engolidos dentro de casa, no trabalho, nas escolas, nos meios de transporte e nas ruas. Em grande parte, as pessoas também estão sendo engolidas em restaurantes cheios, na frente de outras pessoas, e sob o olhar angustiante da pessoa convidada  para o jantar. E pior, antes de verem o menu.  Algumas mulheres afirmam que antes de engolidos, seus maridos até davam ironicamente um "tchauzinho" para elas, dizendo: "Fui!!!" Posteriormente, foram contatadas por eles com a mensagem estúpida: "Eu estou aqui, querida, e você?".  Amigos estão perdendo os amigos, a não ser que sejam engolidos juntos pelos próprios recursos que deveriam aproximá-los. Ainda não sabemos  se essa onde de sequestros para o mundo digital terá um fim, nem se as pessoas que desapareceram poderão voltar ao mundo real um dia. Sabe-se porém que no mundo digital não existe um verdadeiro e caloroso abraço de uma pessoa querida. Sabe-se também que nem dá para curtir bem tudo o que se curte naquele mundo. É melhor não ser engolido!

sábado, 22 de março de 2014

Muita manchete para pouca notícia

Era muita manchete para pouca notícia! Muitos jornalistas já ouviram ou comentaram algo assim. Para quem não é do ramo, a afirmação se aplica a uma reportagem que traz um título muito interessante, de chamar mesmo a atenção, mas quando o interessado procura entender melhor o conteúdo da matéria, encontra que não era nada tão importante ou interessante assim. Recentemente, porém, e pela primeira vez,  vi essa frase ser aplicada num contexto diferente. Algumas colegas jornalistas mencionavam a sentença, no duplo sentido, ao se referir a pessoas que querem aparecer demais, falar demais, prometer demais mas que, surpreendentemente, cumprem ou correspondem de menos. Isso em vários sentidos. E é bom ficar atento. Quer a gente queira ou nao, todas as manchetes que entregamos e compartilhamos no dia a dia estão sendo constantemente analisadas pelas pessoas que convivem com a gente. Se não escrevermos adequadamente as nossas manchetes, depois não
adianta a gente reclamar que as pessoas não sabem ler!

sábado, 8 de março de 2014

A força do respeito contra a fraqueza do desrespeito

Sem dúvida, uma das maiores virtudes de um homem ou de uma mulher é a sua capacidade de respeitar. Quem tem essa capacidade demonstra equilíbrio, maturidade, segurança, felicidade e muita autoestima. Não convém deixar-se abalar pela falta dessa qualidade nas outras pessoas, afinal, que está carente de seus atributos e vantagens são elas. A força do respeito não tem nada a ver com tolerância. Os respeitosos não toleram a injustiça, a arrogância, nem a mentira. Por isso, além de mais sinceros, são mais construtivos. Os desrespeitosos também querem construir, mas destruindo tudo a sua frente. E acham que podem. O respeito deve ser merecido, mas só os equilibrados e fortes tem a capacidade de dar respeito. Eles buscam entender e valorizar as verdadeiras qualidades e intensões dos outros, lembrando sempre que tratam com seres humanos e suas imperfeições. Quem respeita não se arrepende nunca de ter respeitado. Mas, infelizmente, a medida que o desempenho geral da "economia interior" vai mal, aumenta a frieza, a insatisfação, a insegurança, o desequilíbrio e também o desrespeito das pessoas. Em quase todos os lugares e situações. Não se respeita mais as crianças, os mais velhos, os mais jovens, os mais prudentes, os mais equilibrados, os mais simples, os mais pacientes, os mais idealistas, os mais realizadores, os mais construtivos, os mais idealistas, os mais otimistas, os mais sinceros, os mais sorridentes... Mas que essas pessoas ainda existem, elas sim existem! E fazem a boa diferença em nossas vidas! E merecem todo o nosso carinho e respeito.


terça-feira, 4 de março de 2014

A influência japonesa na nossa infância

Claro que é marcante a influência dos filmes americanos na cultura brasileira. Mas hoje lembrei dos filmes que marcaram época na infância por meio da "poderosa"  influência da criatividade das produções japonesas. Quem, acima de 40 anos anos, não assistia as empolgantes aventuras do National Kid, voando na apresentação com mais proeza que o Super Homem ao som daquela doce musiquinha em japonês? Crianças, sonhadoras crianças, acompanhávamos quase sem piscar os perigos que ele iria enfrentar quando encontrasse os Incas Venusianos. Também tínhamos, nas décadas de 60 a 80, o Ultraman. Quando o Hayata pressentia o perigo, logo fazia uso da sua capsula beta, apertava um botãozinho e já era envolto numa armadura de ferro e começava a crescer, a crescer, se transformando num gigante que lutava karatê com os monstros também  gigantes. Batia, apanhava, e quando via que não dava mais, cruzava as mãos e emitia um raio destruidor dos inimigos. Ninguém naquela doce infância entendia porque ele já não chegava soltando aquele raiozinho e acabando com o inimigo imediatamente. Já o Ultra Seven, outra série japonesa que não perdíamos nunca, se transformava no tal através do uso de um óculos especial. Também batia e apanhava. E ao final, acabava com os monstros horríveis também emitindo raios destruidores. Esses foram os principais heróis da infância de muita gente brasileira. Crescemos, portanto, sob uma forte influência da cultura e da criatividade japonesa. Um povo trabalhador, honesto, inteligente, simples, educado e muito criativo. E quem sãos os "heróis" de nossas crianças hoje? Música do National Kid:  http://www.youtube.com/watch?v=TbazdOyu9Ag