sábado, 27 de dezembro de 2014

Estamos protegidos com cerca elétrica?

Caminhava e corria com as crianças sob o sol de Ubatuba, no litoral Norte de São Paulo, e notava como já muitas residências passaram a adotar cercas elétricas em seus muros. Ao retornar a São Paulo, enquanto caminho e corro pelas ruas quase que tranquilas da cidade nessa época do ano, observo que muitas e muitas casas já estão guardadas por cercas elétricas para evitar roubos. Estamos mais cercados eletricamente do que nunca. Sem trocadilhos, é um choque essa situação. Ela me faz lembrar uma expedição com jornalistas na África do Sul, quando em uma das noites pousamos num acampamento protegido com cerca elétrica para evitar o ataque de leões ou de outros animais selvagens. Sinceramente, a gente se sente mais seguro na selva africana onde as feras não tem a inteligência suficiente para cortar ou desativar a cerca elétrica. Pois possivelmente nas grandes cidades, os espertinhos já desenvolveram uma forma para fazer isso. A invasão do que é privado não tem mais limites. Aliás, meu amigo brasileiro, a invasão do que é publico também não tem. Parece não haver cerca elétrica ou moral eficientes para impedir que as feras humanas "corrupatas" invadam os cofres públicos e levem o dinheiro dos brasileiros embora. Se não há cerca elétrica suficiente para guardar os bandidos lá dentro das prisões, porque nós ficaríamos guardados por elas dentro de casa?

sábado, 13 de dezembro de 2014

Exemplos são exemplos durante todo o tempo

Ele era considerado o pulmão do time do Palmeiras no período de 1964 a 1975. Portanto, talvez você não era nem nascido quando esse jogador fazia história nesse esporte. Dudu era o volante que tinha uma das missões mais difíceis do futebol brasileiro na época em que tinha muitas vezes que enfrentar o Santos e portanto cara a cara o maior jogador do mundo, o Pelé. Acabo de me encontrar com Dudu durante uma homenagem aos vencedores de um campeonato de futebol infantil em que joga meu menino, o William. Enquanto ele e seus amiguinhos comemoravam a vitória por 3 x 1, gritando "É campeão, é campeão!", conversei com Dudu sobre o seu histórico desafio em campo e lhe perguntei como era marcar Pelé. Já com 75 anos e ainda com uma boa memória, ele respondeu assim: "Era difícil! Ele era um jogador completo. Chutava de direita, chutava de esquerda.
Cabeceava bem. Matava bem a bola no peito. Era difícil!" Passei em seguida o comentário para o William, de 8 anos, que estava curioso sobre a resposta. Acho que o meu menino aprendeu uma grande lição com aquele grande jogador. Temos que procurar ser completos naquilo que fazemos. Será difícil sim, mas sempre valerá a pena. Precisamos sempre confiar e tentar. Exemplos e testemunhas disso não faltam.






quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

A corrupção na veia do Brasil

O Brasil nasceu corrupto e vai sempre privilegiar os corruptos, corruptores e corrompidos. Nunca vi tanta notícia assim sobre a descoberta de esquemas de corrupção com o dinheiro dos brasileiros. Nossa pátria amada está se destacando cada vez mais, para nós e para o mundo, pelo crescimento da corrupção. Nesse contexto, chama a atenção a competência da Polícia Federal que funciona com gente que merece nosso respeito. É surpreendente como ela consegue investigar, desvendar e prender integrantes de quadrilhas especializadas em desviar dinheiro público. Não importa o tamanho nem a influência do gatuno. Sistematicamente surge uma "operação" atrás de outra como resultado de muito profissionalismo e experiência. Infelizmente dos dois lados. Mas essa competência não abrange todos os organismos que deveriam complementar seus esforços sérios. Os presos pela Polícia Federal, você acompanha isso, acabam não ficando nem tão presos assim. Gozam de liberdade parcial ou até completa. Afinal, a justiça dos homens é mesmo incompleta. A corrupção existe tanto para a prática do delito como para a defesa de seus culpados. É de apodrecer! Claro que ela sempre existiu, mas hoje existe ainda mais. Porém felizmente há muita gente no Brasil que ainda se indigna e não se acostuma com a corrupção. Tomara que esse zelo e essa indignação se mantenham firmes e nunca se corrompam.

domingo, 7 de dezembro de 2014

Gigante entre os gigantes

Antes de pegar o avião em Congonhas paro ali em uma daquelas poucas lanchonetes para tomar um cafezinho. Sou apenas um paulista desfrutando do cafezinho local em meio a quase 20 milhões de pessoas que formam a chamada região metropolitana de São Paulo. Essa gigantesca região engloba, segundo o site InfoEscola.com, 39 municípios do Estado. Haja cafezinho! Com tanta gente assim, "a cidade é a sexta maior em escala mundial, além de estar na quarta colocação no ranking de maiores aglomerações do planeta". Todos sabem que o custo de vida em São Paulo é um gigantesco exagero, superior até as outras famosas capitais do mundo. É semelhante ao enorme número de prédios e de veículos que circulam por suas avenidas,  ruas e estradas. Sem contar os que estão estacionados em tudo quanto é canto. Alguns exageros, no entanto, estão acima da cota. Ainda no aeroporto de Congonhas, para acompanhar o cafezinho peço também um pãozinho de queijo. Pãozinho mesmo, nada exagerado. Mas o preço nesse aeroporto dessas duas pequenas coisas que apreciamos tanto em todo o Brasil, é desproporcional. R$ 9,65. Em qualquer outra parte do Brasil, você até consegue comer algo mais reforçado por esse valor. O que justifica isso? Aí eu me lembro que em uma cidade de gigantes, os precinhos não ficam fora desse contexto. Quem consegue sobreviver em São Paulo é mesmo um vencedor. Até conquistar outro privilégio de tomar um bom cafezinho em outro lugar, por um preço bem melhor.