sábado, 22 de setembro de 2012

Seres de cabeça, tronco e quatro rodas mais lentas

Acordei cedo nessa bela manhã de sábado e fui para o centro de São Paulo. Nada estava diferente nas ruas e avenidas da maior capital da América Latina, onde quase mil novos automóveis chegam diariamente para tornar cada vez mais devagar a mobilidade humana.Quando liguei o rádio, lembrei que hoje é o Dia Mundial Sem Carro. Proposta lançada há alguns anos nas cidades europeias e mais recentemente no Brasil, esse dia parece que ainda não pegou. Como eu, muitos motoristas não lembraram dessa data. Quem consegue fazer hoje, em São Paulo, as coisas que precisa fazer sem fazer uso do automóvel? Acho que se tentarmos, vamos conseguir, sem grande esforço. O fato é que acabamos nos tornando, cada vez mais, seres humanos formados por cabeça, tronco e quatro rodas, que andam cada vez mais devagar.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Um abraço se dá com quatro braços

Um abraço é uma das iniciativas mais agradáveis e desejadas em nossos relacionamentos. Um abraço está presente em quase todas as nossas conversas e em nossa comunicação do dia-a-dia, seja ao telefone, celular, email  e na midia social. Por outro lado, é o que menos nós fazemos quando estamos ao alcance dos braços das pessoas. O abraço passou a ser sinônimo de "valeu", "tchau", "vejo você depois". Mas um abraço de verdade se faz com quatro braços apertados. E isso está ficando cada vez mais raro! Quando você abraçou alguém de verdade depois de ter enviado tantos abraços para essa pessoa? Infelizmente, ao invés de abraços de braços, nós já nos acostumamos e parecemos estar satisfeitos com abraços verbais e escritos, que não tem tanto calor amigável e nem é não inesquecível e gostoso assim.