quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

Quarto Poder: imprensa ou mídias sociais?


 Quantas vezes ouvimos nossos mestres ou colegas de jornalismo dizer, publicar e assegurar com muito orgulho no peito e convicção na caneta e no teclado que a Imprensa representa o quarto poder de uma nação, reforçando os principais pilares da democracia: Executivo, Legislativo e Judiciário?

Na história recente de nossa democracia, cada um desses pilares tem sido bastante bombardeado pela opinião livre dos cidadãos que tem visto neles muita fragilidade humana, com um caráter tendencioso de muitos de seus ocupantes. Perdeu-se a confiança e a credibilidade em seus ocupantes, mas felizmente não em suas instituições. A democracia sobrevive, apesar de tudo. Ela está consolidada no Brasil.

Mas infelizmente está acontecendo a mesma coisa com o até então tradicional quarto poder. A imprensa enveredou-se pela mesma esquina dos outros poderes, mostrou também suas fraquezas humanas, abandonou seus princípios e tornou-se, em geral, superficial e tendenciosa. Vamos aplaudir e valorizar as publicações e os jornalistas que não abrem mão de seu compromisso com os fatos, com a notícia e com o público, acima de tudo.

O quarto poder defende sim a democracia, mas vem praticando muito mais apenas a liberdade de expressão. Está esquecendo que o público busca acima de tudo uma abordagem isenta e abrangente, mais factual. Por isso parece estar perdendo a confiança e a credibilidade de seu consumidor de notícias. Deveria, mas não está, consolidando seu papel fundamental de fonte confiável na confusa era das fake news e das versões tendenciosas e superficiais.

A imprensa perde dessa forma também seu tradicional status de quarto poder. Entra em cena o que minha colega Luciana Duarte, fundadora da empresa Tete a Tete, uma das maiores experts em Marketing Digital no Brasil, chama de o empoderamento do consumidor conectado. Encaixa-se nesse contexto também o leitor e o eleitor conectados e antenados nas mídias sociais.

Assim, o poder de informar e formar opinião, típico de Clark Kent, e que nós jornalistas tínhamos como uma força privilegiada e exclusiva, tem sido passado e compartilhado com os usuários das redes sociais. Eles também voam para todos os lados. A eleição de nosso presidente da República é apenas um sinal claro de um novo cenário para as empresas, marcas, entidades, profissionais e pessoas.

A imprensa, obviamente, continua com o seu papel fundamental para a formação de opinião de muita gente, embora muita gente está preferindo formar cada vez a opinião através de sua própria rede de relacionamentos. Quarto poder ou quinto poder? O importante mesmo é não se deixar levar por interpretações tendenciosas, saber discernir entre fatos, versões e fakes, e avaliar muito bem riscos e oportunidades na era da comunicação e marketing digitais.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

Sem energia, o apagão das outras qualidades será geral


 Num encontro com colegas que acumularam grande experiência na comunicação corporativa, levantamos a questão sobre o conjunto de qualidades que mais colaboram para o sucesso de um profissional da área. Certamente, fazem parte de uma carreira bem sucedida um conjunto de qualidades, dentre elas o talento, a determinação, a capacidade de liderança, a criatividade, o respeito e o foco. 

Com a revolução da informação e da formação na era digital, o perfil da hora ou da era é o do profissional poliatleta. Aquele homem ou aquela mulher que se prepara para várias demandas, como correr, nadar, navegar, saltar e principalmente saber se comunicar com e por meio das diferentes mídias, plataformas e abordagens nas provas digitais e humanas. Sair-se bem em apenas algumas delas não vai garantir o seu sucesso.

A diretora de comunicação da Oracle para a América Latina, Carol Silvestre, que já passou por outras grandes marcas como Samsung, Mercedes-Benz e Santander, destacou como as principais qualificações de um profissional poliatleta a simplicidade, a resiliência, a melhoria contínua e o espírito de equipe. Fundamental também, destacou, é o amor pelo que se faz, um valor que colocará o homem sempre acima do avanço da máquina na era da inteligência artificial. Veja o link com os comentários da executiva. Diretora de Comunicação Oracle

Normalmente, algumas qualidades podem até cobrir a ausência de outras. Mas existe uma que se faltar, o apagão de todos os seus atributos será geral. Temos que investir diariamente na conservação da nossa energia interior. Assim como para um triatleta, vai se exigir muita energia num ambiente onde o ser humano se apresenta cada vez mais inseguro, sem motivação e autoestima. A energia proporcionada pela saúde interior e refletida no exterior será a principal qualidade para transformar o mundo lá fora.

Num mercado planetário cada vez mais chacoalhado pra cá e pra lá por tantas mudanças gigantescas que transformaram e ainda seguirão transformando nosso dia a dia, não podemos perder o equilíbrio nem a nossa força de criação, construção e solução. Vamos precisar continuar buscando energia cada vez mais na simplicidade da vida, na alegria do convívio com a família e os amigos para conseguirmos ficar de pé, avançar e vencer. Afinal, se faltar energia, nem as máquinas nem os homens funcionam.

sábado, 5 de janeiro de 2019

JORNALISMO PERDE ESPAÇO PARA VERSIONISMO LEVIANO

PARABÉNS A TODOS OS GRANDES JORNALISTAS que ainda honram a profissão preservando seu compromisso com a informação abrangente e qualificada sobre os fatos, não cedendo espaço para versões superficiais e tendenciosas. Lamentavelmente, vemos o jornalismo responsável dando lugar para o versionismo leviano. Leitores exigentes merecem coisa muito melhor.