sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Eles estarão sempre entre nós

Cada bicho tem a sua distinta natureza e a vive da melhor forma possível. Sem se arrepender! Você acha que ao desfrutar do prazer do chiqueiro um porco se lamenta de sua sorte? Você acha que ele gostaria muito de ser um cachorro, um cavalo, um leão ou outro animal qualquer? Não senhor! Também é assim com o ser humano. Cada homem convive com a sua própria natureza. A natureza do corrupto, por exemplo, é corrupta mesmo. Ele não vê nada de mal nisso. Ao contrário, acha que estudou e se preparou com muito esforço e louvor para tirar o melhor proveito próprio de toda situação. Tudo, acredita ele, para o bem estar de sua família e circo, não círculo, de amigos. O mentiroso não entende porque as pessoas falam tanta verdade assim sem qualquer censura prévia. Com elevada astúcia ou hipocrisia ele consegue fazer muita gente acreditar e até votar nele. É só continuar mentindo. Não adianta, gente, o bandido por sua vez reconhece que nasceu para roubar e vai roubar enquanto tiver idade para isso. Todos eles, bandidos, corruptos e mentirosos sempre existiram e vão continuar a existir. Até morrerem! E muitos vão continuar votando neles. Até morrerem também. Cada um discerne conforme a sua própria natureza.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Melhor voltar a olhar nos olhos!

Já vai entrando para a história das relações humanas o tempo em que a gente conversava olhando diretamente nos olhos das pessoas. Podíamos enxergar um ser humano e uma história dentro delas. Sabíamos o que ela queria dizer, sem mesmo precisar de tantas palavras. Hoje, já não olhamos mais nos olhos de ninguém. Preferimos apenar ler suas palavras. Elas são apenas registradas, às vezes descuidadamente,  nas mensagens eletrônicas. Tentamos contar em letras o que antes compartilhávamos com os olhos. Nesta era avançada da tecnologia e do tempo, estamos nos acostumando a nos comunicar olhando para baixo, para a palma da mão. Ali está toda a nossa conexão com o mundo exterior. Ali está nossa história do dia. Somos hoje ávidos leitores pelo que está escrito instantaneamente, e na maior parte das vezes, sem qualquer reflexão. Nossa comunicação tornou-se muito mais rápida e abrangente, porém mais superficial. Queremos saber mais de tudo, e acabamos não sabendo mais de nada. Nesse tempo avançado da comunicação, estamos ficando cada vez mais calados, mais interrogativos, porém cada vez mais sem respostas convincentes. É a era da interrogação, que dará lugar a era da exclamação. Do susto. Do vazio. Estamos nos conectando cada vez mais para cairmos mais rapidamente no mundo da solidão. É melhor voltarmos a olhar nos olhos das pessoas, enquanto há tempo!