quarta-feira, 31 de maio de 2017

A reputação das empresas está sendo impactada e transformada diariamente

A Conferência Internacional de abertura do primeiro dia do Congresso Mega Brasil de Comunicação Inovação e Estratégias Corporativas, de 23 a 25 de maio, em São Paulo, trouxe o convidado Jeffrey Sharlach, founder e chairman do JeffreyGroup, para discorrer sobre A necessidade de uma abordagem inovadora para as comunicações corporativas.  

Mais de 20 anos se passaram desde a sua primeira visita ao Brasil, em 1993, quando ele começou a admirar o país e os brasileiros pela sua alegria e motivação.  Nesse período, o executivo viu grandes empresas passarem a investir milhões de dólares na divulgação de seus produtos e serviços, contratando profissionais de comunicação especializados para esse trabalho.

Hoje, esses profissionais não estão mais isolados em um escritório, sozinhos com essa missão. "Todo funcionário passou a ser um divulgador de informações que impactam a reputação da empresa por meio de suas mídias sociais. O próprio consumidor, antes usuário da informação, também passou a ser fornecedor de notícias”, lembrou Sharlach.  “Há um monitoramento necessário para toda essa comunicação”, complementou. 

Para ele, “a maneira como fazemos negócios têm mudado drasticamente e a comunicação corporativa se tornou ainda mais essencial para o sucesso dos negócios da empresa".   Nesse cenário desafiador, Sharlach defendeu que as empresas se comuniquem 24 horas por dia durante 365 dias por ano, "algo bem diferente", lembra ele, "de quando os profissionais de comunicação iam pra casa quando o relógio marcava 17h".  “Afinal, atualmente, a reputação da empresa está sendo impactada e transformada diariamente”, disse. 

O tempo de o profissional de comunicação ficar apenas no escritório distribuindo press releases para a mídia passou. A dinâmica atual envolve que ele saia pra fora e busque novas oportunidades de comunicação com o público da empresa. Para o executivo, já bastante familiarizado com o mercado brasileiro, o Brasil e a região já passaram por muitas crises. "Mas a crise vem e a crise vai. O importante é que os profissionais de comunicação tenham foco no core business da companhia, porque as pessoas precisam compreender que há um mundo e uma vida para ser tocada por detrás das manchetes", finalizou. 

Influenciadores digitais: o tempo do achismo já foi

Há ainda muita discussão sobre a melhor forma de envolver o influenciador digital na divulgação das marcas, seja em lançamentos de produtos, exposições, apresentações ou qualquer tipo de evento que sirva para a comunicação com os públicos desejados. Uma coisa, porém, é certa. A comunicação não pode ficar sem a presença desse relativamente novo personagem estratégico no mundo corporativo. 

Há ainda muita discussão sobre a melhor forma de envolver o influenciador digital na divulgação das marcas, seja em lançamentos de produtos, exposições, apresentações ou qualquer tipo de evento que sirva para a comunicação com os públicos desejados. Uma coisa, porém, é certa. A comunicação não pode ficar sem a presença desse relativamente novo personagem estratégico no mundo corporativo. 

O tema foi amplamente debatido durante o 20o Congresso Mega Brasil de Comunicação, Inovação e Estratégias Corporativas, que a Mega Brasil Comunicação realizou no Centro de Convenções Rebouças, em São Paulo, de 23 a 25 de maio. 

Os múltiplos papéis do influenciador "O Influenciador reúne vários papéis, como criador de conteúdo, editor, produtor de imagens, agência, por exemplo, e sabe lidar bem com a sua comunidade. As empresas precisam entender a complexidade desse cara, para saber a melhor forma de trabalhar com ele", afirmou Bia Granja, fundadora do YouPix

Granja entende que existe ainda  muito preconceito contra o influenciador por ele, ou ela, ter normalmente o perfil de jovem sem experiência. Mas essa cultura do influenciador, de acordo com ela, está crescendo e amadurecendo junto com eles. “Temos que ajudar as empresas a direcionar melhor seus investimentos nessa área”, complementou. 

Para Patrícia Hargreaves, representante da H2M Comunicação, o papel de um influenciador não é tão recente assim. "O primeiro registro de que temos de influenciador é Jesus Cristo, que teve a Bíblia como mídia e também os seus seguidores, e continua influenciando o mundo até hoje". Para ela, o que mudou foram "as janelas" para a pessoas se apresentarem. "Hoje a pessoa pode fazer sozinha o seu sucesso, sem intermediários"

Maior identidade e afinidade com o influenciador 
"O tempo do achismo já foi", segundo Andrea Farias, diretora de atendimento da Ideal H+K Strategies. De acordo com ela, “é fundamental hoje mapear bem quem tem engajamento e é influenciador de verdade”Farias reforçou a necessidade do profissional de comunicação identificar também se o influenciador tem identidade com a marca. "Não pode ser apenas uma relação comercial. Deve-se construir uma longa relação de afinidade com o influenciador, porque às vezes ele também é influenciado diariamente por várias outras marcas".  

Quanto à estratégia das empresas de reunir também celebridades em suas ações para atrair seus seguidores, Bia Granja, da YouPix, observou que devemos levar em conta que "nem todo influenciador é uma celebridade, da mesma forma que nem toda celebridade é um influenciador". Essa diferença deve ser considerada na hora do planejamento estratégico da comunicação da empresa. 

quinta-feira, 18 de maio de 2017

Não temos um Abraham Lincoln

Sem grandes e verdadeiros lideres, qualquer país se acaba com a corrupção. O Brasil está sofrendo essa crise, apesar de um povo valente e trabalhador. O exemplo de um grande homem público dura para sempre. O coronel Robert Allen declarou publicamente em 21 de junho de 1836 que possuía fatos que poderiam destruir as perspectivas de eleição de Abraham Lincoln. Mas Allen disse que faria o favor de não divulgar esses fatos em consideração a ele. Mas o próprio Lincoln, maior do que o seu momento, respondeu simplesmente assim ao coronel: "Seu favor para mim seria nesse caso uma injustiça com o público. Portanto, peço desculpas por declinar dele...pois aquele que souber de alguma coisa e esconder, é um traidor do interesse de seu país". É por esse caráter pessoal e público que Abraham Lincoln é um dos presidentes mais amados e respeitados da história americana. Hoje, falta um representante do povo assim em todos os lugares. Pobre Brasil!

segunda-feira, 15 de maio de 2017

Ainda estamos na Terra

Hoje, com tantas ondas de informação sobre um monte de coisas, como anda a cabeça do consumidor? Diante da transformação de tudo na sua vida, ele sabe de verdade o que busca? Talvez mais daquilo que menos tem. E menos daquilo que tem mais. Complicado? Sim, humanamente falando!  Sob muita pressão, ele normalmente quer mais sossego. Diante de muita correria, prefere andar mais devagar. Se todos vão devagar demais, ele quer correr. Se todos correm, ele caminha ou pára. Quando falam demais, ele escolhe ficar em silêncio. Quando ninguém fala nada, quer até gritar. Se riem demais, fica sem graça. Se ninguém tá de bom humor, resolve contar piadas. Se tem muita gente feliz, vai chorar. Se tem muita gente chorando, vai sair por ai comemorando qualquer coisa. Desse jeito, como as empresas vão atingir em cheio o gosto do consumidor que também está se transformando? Estamos consumimos tudo de bom e tudo de ruim. Afinal, ainda estamos na Terra!

terça-feira, 9 de maio de 2017

O discurso que convencia não convence mais

Era uma das muitas assembleias em portas de fábricas que eu assistia atentamente no final da década de 90. Como jornalista e metalúrgico, admirava a capacidade de discurso e de convencimento dos lideres sindicais que reuniam milhares de pessoas em frente das montadoras do ABC. Em cima do caminhão, um inflamado sindicalista gritava assim: "Você trabalhador, vai ter coragem de chegar em casa hoje e dizer para o seu filho: "Querido, papai hoje não levantou a mão para lutar por melhor salário e uma melhor condição de vida pra você" ? Os argumentos convenciam a todos. Era o Partido dos Trabalhadores.

Mas o tempo passou e o partido foi para o Poder.. As empresas já tinham planejado fazer muitos investimentos no País. Já não se fazia mais assembleias como antigamente. As vacas estavam gordas, com muito leite e muita carne. Foi uma verdadeira festa para o partido. O brasileiro não sabia que, como cantava Chico, "dormia a Pátria Mãe tão distraída, sem perceber que era subtraída em tenebrosas transações". As vacas públicas já começam ali mesmo a minguar.

Hoje, talvez aquele sindicalista sobre o caminhão poderia perguntar assim: "Trabalhador, você vai ter coragem de chegar em casa hoje e dizer para o seu filho: "Querido, papai vai continuar apoiando o nosso partido".  O que, filho? A corrupção? A Petrobrás? A economia destruída? O desemprego de mais de 13 milhões de trabalhadores?  O caos na Previdência Privada. Nossos líderes presos? O seu sonho de um Brasil melhor? Ora filho, você tá vendo muita coisa feia na mídia, hein. O Brasil tá muito bem. Nossos líderes são homens como a gente!

Os filhos de TODOS os brasileiros merecem melhor sorte da próxima vez. Não podemos mais levantar a nossa mão em favor daqueles que enfiaram a mão em nossos bolsos enquanto estávamos com as mãos levantadas em seu favor. O discurso inflamado continua existindo. Mas não convence mais. Vamos ser mais sérios a partir de agora! Por amor àquele menino que depende de nós! Ao final, aquele partido não é mais dos trabalhadores, é apenas do próprio partido e de todos que deixaram a vaca magra.

segunda-feira, 8 de maio de 2017

O lucro da felicidade

"A felicidade dá lucro" de acordo com o presidente da Cielo, Eduardo Gouveia, em palestra para um auditório lotado, com aproximadamente 1.700 pessoas, durante o maior evento mundial do setor supermercadista - APAS - na semana passada no Expo Center, em São Paulo. Sob o tema As Vantagens do Empoderamento da Equipe, Gouveia falou de dois tipos de colaboradores para atender um mercado em completa transformação. Aquele que aprendeu a trabalhar sob a ética do dever e aquele que está  hoje sob a ética do prazer em trabalhar. O que tem mais felicidade em trabalhar gera mais lucro para a empresa. De acordo com o presidente da Cielo, as empresas precisam dar mais empoderamento para a equipe se expressar mais, ter mais autonomia e aprender com os erros, desenvolvendo um ambiente permanentemente colaborativo. Uma das medidas que ajuda a criar maior felicidade no ambiente de trabalho é engajar mais a família do colaborador dentro do próprio negócio. "O mundo mudou e temos que transformar a nossa experiência com os clientes". A transformação, de acordo com ele, começa com a confiança e o respeito com os colaboradores da empresa.

sexta-feira, 5 de maio de 2017

Os primeiros sinais de recuperação do Brasil

Há muito tempo o País está de cama. Quase em coma. Mas parece que finalmente "os primeiros sinais de recuperação começam a aparecer". Esse é o prognóstico do presidente da Anfavea, Antonio Megale, durante a apresentação hoje dos resultados do mês de abril da indústria automobilística . Embora a produção de veículos tenha caído 18,8% em relação a março, ela cresceu 11,4% em relação a abril do ano passado. A produção acumulada do quadrimestre é 20,8% superior a do mesmo período de 2016. As vendas internas do período ainda estão num patamar negativo: -2,4%. O excelente desempenho das exportações (64,2%) e do mercado interno de máquinas agrícolas  e rodoviárias (+14,3%) tem puxado o comboio da indústria nos primeiros quatro meses do ano. Os estoques,de 41 dias estão preparados, segundo a Anfavea, para a recuperação dos próximos meses. Até investimentos novos e bem expressivos, da Scania, por exemplo, começam a pintar um quadro de maior confiança no mercado brasileiro. O desempenho positivo deve-se consolidar no segundo semestre. Ainda vamos superar essa crise.

segunda-feira, 1 de maio de 2017

Quando não se vê, se ouve mais?

Quando a maior parte de um povo já não consegue mais ver, por causa da incurável miopia filosófica, seus líderes podem continuar colocando suas mãos espertas dentro de seu bolso e levar embora todos os seus valores. À vontade. A já pobre população que só consegue escutar, vai se encantar depois com os discursos inflamados desses líderes em favor da justiça e do trabalho. Aplausos e votos. E a corrupção e a roubalheira podem continuar. Feliz Dia do Trabalho. O brasileiro, afinal,  é muito trabalhador. Mas vamos continuar celebrando os dias de corrupção e crise em 2018? Ninguém merece! Ou merece?