segunda-feira, 19 de setembro de 2016

O pensamento alemão e o coração brasileiro

Talvez muita gente tenha ficado com a cara mais vermelha quando viu nas
páginas amarelas da Veja da semana passada a indignação de Philipp Schiemer, um alto e respeitado executivo alemão que conhece muito bem e de longa data os desafios que o Brasil enfrenta para crescer. Ao falar sobre a situação do país, ele refletiu claramente o pensamento germânico, que tem a tradição mundial em organização, disciplina e gestão competente dos negócios das empresas e do rumo de uma nação. Nem precisamos comentar aqui o exemplo do Mineirão, certo? Para isso, Schiemer destacou as reformas  que, sabemos, precisam ser implementadas logo pelo Brasil. O crescimento, segundo ele, "tem que vir do aumento da produtividade, de incentivos para projetos em infraestrutura, para criar um novo ciclo de investimento e de crescimento". O executivo alinhou o pensamento alemão ao seu coração brasileiro que deseja que o País dê certo. A sua indignação, portanto, é em favor do Brasil, da indústria brasileira e dos brasileiros. Aliás, se tem uma coisa que não falta na história desse país são exemplos de grandes executivos de empresas internacionais que adotaram de coração o Brasil e que tem trabalhado seriamente em favor de uma maior ordem e um maior progresso da nação. Aliás, em geral, muito mais até do que a nossa própria classe política. Salve-se quem puder! Muitos brasileiros preferem que o médico seja mais brando na hora de dar uma notícia ruim. Outros já preferem o diagnóstico mais objetivo e crítico da condição do paciente, para se buscar   rapidamente alternativas mais eficientes para remediar o quadro. Como disse Schiemer, "o caminho para a modernidade não é fácil, mas as chances de que haja um crescimento sustentável depois são muito grandes, porque o potencial no país é enorme". Melhor, portanto, adotarmos logo as providências necessárias para salvar o paciente. As medidas mais cruciais já foram tomadas recentemente com a substituição dos médicos que haviam sido escolhidos pelo povo mas que tinham diploma falso ou desqualificado para cuidar direito desse negócio. Saiu do cenário a gestão mais incompetente da história desse país, que acabou sufocando a economia, matando milhões de empregos e empresas, bilhões em investimentos, trilhões  de oportunidades e um número infindável de sonhos. Falta ainda recuperar o Brasil, garantir um melhor planejamento, uma administração mais eficiente e uma melhor infraestrutura para esse hospital gigante. Afinal, ele tem mais de 200 milhões de crianças e estudantes que precisam de um horizonte para seus projetos de vida, de trabalhadores que lutam diariamente para garantir o presente e o futuro de suas famílias, de empresários que ousadamente desafiam as ondas contrárias para criar oportunidades para outros trabalhadores, de aposentados heróis que ainda podem ajudar os menos experientes. Enfim, de sonhadores que precisam  fazer os seus projetos se tornarem realidade. O brasileiro é reconhecidamente muito trabalhador e criativo. Isso significa muito mesmo. É só deixarem a gente trabalhar direito e não criarem tanta dificuldade para isso. A crise, como dizia a bela canção de Chico Buarque, "vai passar".

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