sábado, 29 de novembro de 2014

Fast information na estrada digital

Entramos definitivamente numa moderna estrada digital e ela não tem retorno. Não há sinalização clara e nem limite de velocidade nessa estrada. Cada veículo - de comunicação -  segue no ritmo que consegue desempenhar. Alguns vão mais rápido enquanto outros vão quase parando. Nela, o futuro das publicações impressas é incerto e polêmico. São grandes os impactos nas atividades e negócios do jornalismo. O veículo impresso poderá se tornar um modelo clássico, artigo de museu da imprensa, que despertará saudades um dia, acreditam alguns. Ele vai se distanciar cada vez mais no retrovisor do tempo. Os veículos digitais se tornarão a maioria nas mãos dos que viajam nessa estrada. O destino é a mente de um leitor que busca informações cada vez mais rápidas e acessíveis. Talvez por isso menos aprofundadas. A exemplo da bem sucedida fast food, será cada vez maior a demanda pela fast information. Levará vantagem portanto o prato digital. Um colega aposta que os veículos ligados à moda e lifestyle poderão manter talvez por mais tempo seus veículos impressos nessa estrada, pelo prazer maior do leitor de folhear suas páginas sobre esses temas. Quando houver choques inevitáveis entre os veículos digitais e impressos, certamente esses últimos serão os primeiros a sair da estrada. Toda viagem pode ser prazerosa ou desconfortável, dependendo do veículo que escolhemos e do estado em que ele se encontra. Esse comentário, por exemplo, está chegando para você numa mídia digital: fast information. Aliás, como em toda a viagem, nos deparamos sempre com surpresas. Somos privilegiados por viajar
nessa estrada do futuro que já está existe hoje. É dirigir e curtir!


sábado, 22 de novembro de 2014

Temos a nossa própria vergonha

O dia de hoje traz de volta a lembrança de um dos capítulos de maior vergonha para a América. Era 22 de novembro de 1963 quando o então presidente da maior nação do mundo, John Kennedy, ao lado da mãe de seus pequenos filhos, desfilava em carro aberto pelas ruas de Dallas, Texas. Buscava maior proximidade com o povo americano em busca da releição. Mas um assassino covarde, supostamente até hoje, Lee Oswald, atirou na cabeça da América e acertou profundamente o coração de milhões de pessoas naquele país e no mundo todo. Cinco décadas e um ano já se passaram. E o mundo não ficou melhor. Ao contrário, ele está se tornando cada vez mais inabitável para as pessoas do bem. Aqui no Brasil, outro gigante país do mundo, também temos as nossas próprias maças podres espalhadas por todos os lugares. Especialmente onde jorram petróleo e dinheiro público. Elas estão misturadas com as boas maças. Têm gravatas, cargos influentes e partidos. Só não têm vergonha. Apodrecem moral e descaradamente roubando recursos que deveriam ser empregados na alimentação, saúde, educação e segurança de milhões de crianças, trabalhadores e idosos honestos deste país. Elas são maças corruptas e podres que conseguem sorrir e sugar milhões de barris e barris de petróleo da nação, sem demonstrar qualquer constrangimento. Como Lee Oswalds brasileiros, atiram covarde e friamente contra a cabeça e a moral de todos os cidadãos do Brasil. Muito pior que cupim. Hoje, essa é a nossa própria vergonha, que também entra para a história.

       

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Símbolo da alegria de um povo

Como o sétimo menino de uma família muito simples, alguém precisava ajudar a minha mãe a embalar a criança e dar-lhe uma atenção especial enquanto ela precisava cuidar também de seus irmãos. Assim, eu me lembro com saudade dos braços negros e do grande sorriso da Dona Geralda, que me acalmavam com tamanha serenidade. Vi o tempo passar ouvindo a voz animada e as contantes histórias engraçadas do Maurício, meu irmão negro de criação que tinha vindo fazer parte especial da grande família quando meus país já tinham dois meninos de sua própria autoria. Na escola, eu jogava muito bola e o meu parceiro de ataque era o Osvaldo, negrinho esperto de jogadas inteligentes. Nem precisa mencionar quem ele lembrava. Com a história correndo no tempo, nossos capítulos são marcados ate hoje pela presença sempre agradável, pela simplicidade contagiante, pelo exemplo sereno, pelo sorriso brilhante e pela voz naturalmente musical da raça negra. Simbolo da alegria de um povo. É uma das maiores riquezas que temos no Brasil e no mundo. Hoje é comemorado o dia da Consciência Negra, em referência à morte de Zumbi, o líder histórico do Quilombo dos Palmares, que foi morto por bandeirantes em 1695, entre os estados de Alagoas e Pernambuco. Tornou-se um símbolo da luta e resistência dos negros escravizados no Brasil e também da luta por direitos e valorização do povo afro-brasileiro na sociedade atual.



sábado, 15 de novembro de 2014

Você precisa disso agora?

Nascemos consumidores e vamos consumir até o fim. Até o fim do que consumimos ou até o nosso próprio fim. É assim mesmo, não tem como deixar de consumir todo dia. A questão como sempre é o equilíbrio. Um filme, por exemplo, uma vez mostrava um grande cantor americano de música pop, que não vive mais entre os consumidores, M.J., entrando em várias lojas diferentes com assessores para todo lado que iam anotando os seus objetos de ...olhar. "I want thiiis....I want thaaat!". Mal dava tempo para os assessores observarem e registrarem direito todos os pedidos de compra. Na verdade, mal dava para o cantor desejar direito tudo o que via. O objetivo era simplesmente ter aquelas riquezas para si. Custavam milhares de dólares. Para isso, claro, o homem tinha muito, e coloca muito nisso, poder aquisitivo. Ou poder consumista. Mas um outro grande exemplo contrário a isso mostrou uma vez para mim o poder do equilíbrio diante de uma sociedade de consumo. Meu amigo, e possivelmente seu também, Martin Bernsmüller, um simpático gaúcho veterano que já conheceu praticamente todos os países desse planeta, uma vez colocou: "Por que vou trocar essa blusa por uma nova se essa ainda me serve?". Depois disso, sempre que vou ao shopping, sozinho ou com a família, e surge, imagina se não surge, um desejo enorme de comprar algo novo, a primeira coisa que pergunto é: "Mas você está precisando disso agora?" Quando a resposta é não, então aprendemos a não ser consumistas por impulso. E a curtir e valorizar melhor o que já temos. Grande Martin! Por onde ele anda? Continua viajando pelo mundo afora, com seu sorriso simpático e grande sabedoria!

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Não lhe mande um abraço

Manda um abraço pra ele! Manda um beijo pra ela! Eu não sei o que acontece durante o encaminhamento desse carinho brasileiro, mas a impressão que tenho é que ninguém entrega nada pra ninguém. Ele nunca recebe aquele abraço e ela nunca fica sabendo que havia um beijo mandado pra ela. Nessa distribuição de beijos e abraços entre pessoas que estão distantes e não se veem ou não se encontram tudo se perde e ninguém cobra nada. Fica tudo esquecido pelo caminho. Algumas pessoas ficam satisfeitas por terem pelo menos enviado o seu sinal de afeto acreditando que fizeram bem a sua parte. As outras sequer saberão que foram lembradas. A culpa é da amizade intermediária? De jeito nenhum. Tem coisas que você jamais deve terceirizar. Um abraço na pessoa querida é uma delas. Um beijo então nem se fala. Ou você acha que pedindo a alguém para fazer a sua parte terá o mesmo calor humano seu? Melhor não! Ora, meu! Dá um jeito e vai você mesmo ou você mesma dar um abraço ou um beijo nessa pessoa querida. Se você não acha que vale a pena, então não peça a mim para fazer isso. Um abraço!