Em certo
ano, dentro de uma área muito restrita de uma das maiores montadoras do País,
onde trabalhei, um grupo de engenheiros criou um veículo muito estranho que ia,
literalmente, contra toda lógica da indústria. Ele tinha um único assento, como
um triciclo, e uma direção maluca. Quando o condutor movia o volante para a
esquerda, o veículo ia para a direita, quando puxava para a direita, ele ia
para a esquerda. Aquele exercício causava o maior desafio de comunicação na
cabeça do condutor e das pessoas que assistiam sorrindo aquele confronto da
mobilidade e da inteligência humana. Infelizmente, no momento em que mais
precisamos no Brasil de uma comunicação segura e defensiva para sairmos logo
desse túnel escuro com coronavírus, enfrentamos o desafio daquele exercício dos
engenheiros. Nesse caso, colocando à prova a saúde da população. Vamos para um
lado, conforme a recomendação das autoridades e especialistas de saúde. Mas
também ouvimos a voz do dirigente da nação pedindo para irmos no sentido
contrário. Quem está certo? Somos impactados pela comunicação oficial e da
mídia com números crescentes da pandemia. Queremos, óbvio, voltar logo à
normalidade sem o confinamento em massa. A questão ainda a ser alinhada e melhor comunicada no
Brasil é "Quando, Juvenal?"
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