Existe no jornalismo, como em qualquer atividade, os mais
diferentes níveis de experiência, qualidade e credibilidade. O tradicional
quarto poder está passando pela grande revolução digital, mas continua baseado
na busca e análise apurada dos fatos, na conversa com as fontes e, claro, na
liberdade de expressão. É um baita esforço organizado, correndo sempre contra o
tempo, para trazer a notícia redondinha pra você pensar na vida, no trabalho,
no mercado, no lazer, no passado, no presente e no futuro.
Do lado de quem busca a informação, há uma avalanche de
notícias que chegam de todos os lados. E já convivemos com a fakenews, que nem
é ainda muito bem percebida pela grande maioria do público. Mas precisamos
atentar também para uma outra prática de produção de notícias que certamente
não tem nenhum compromisso com a essência da missão jornalística.
A weaknews é a irmã mais disfarçada e tendenciosa da
fakenews.
O termo weaknews sugere a fraqueza (weakness) de trabalho e
conteúdo jornalístico. É a produção de uma sub-notícia, capaz de pegar uma
matéria produzida pelo trabalho sério de uma outra mídia, de maior expressão,
dar-lhe o crédito em sua "re"dação do texto para sugerir mais
autenticidade, e interpretar e atribuir análises e conclusões diferentes da
matéria original. Em resumo, é uma verdadeira cópia "mexida", que
deforma o contexto e a opinião das fontes originais, de acordo exclusivamente
com seu interesse pessoal, profissional ou ideológico.
A informação vai sempre ser o combustível de nosso pensamento
e de nossas decisões. Por isso, é preciso saber muito bem de onde vem esse
combustível para estarmos seguro de sua qualidade e autenticidade.
A weaknews é um combustível literalmente adulterado da
informação. Tive uma experiência própria com essa prática
anti-jornalística no dia 19 de fevereiro. Não vale nem mesmo a pena repercutir
o artigo alterado, ou adulterado, nesse espaço. Você já teve uma experiência
própria com esse tipo de notícia?
O jornalismo, com todos os seus desafios e transformação,
continua sendo o produto ou o serviço qualificado que profissionais realmente
comprometidos com os fatos levam para o mercado e para a sociedade. É esse
trabalho sério que vai continuar ajudando as empresas, as instituições, os
governos e as pessoas a se reinventarem, no melhor sentido.
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