Hoje, com orgulho,
vejo meu querido sobrinho compartilhando um texto primoroso dele sobre os
melhores momentos de sua infância. Que boa viagem pela qual todos nós passamos.
Achei que vale a pena compartilhei com vocês.
Minha velha infância
Quantas saudades sinto
de um tempo que não volta mais. Passávamos praticamente o dia todo na rua. Não
éramos vagabundos. Éramos crianças felizes que aproveitavam à vida de forma
simples, porém, que nos trazia enorme prazer. Muitas vezes descalços, sem
camisas, matávamos à fome bebendo água. Era futebol, rua contra rua, valendo
Tubaína. Nosso bairro tinha vários times, carrinhos de rolimã, que para nós
eram carros de F1. À noite, não podia faltar o esconde-esconde, invadíamos os
quintais dos vizinhos para nos esconder.
O “Estandão” era o
lugar das pipas. E como tinha pipas! Tinha também aquela que muitas vezes nos salvava da fome e da sede: a nossa amiga
bica d’água. Escorregávamos no barro, fazíamos guerras de argila. Tudo era motivo
de alegria e de risos. Era a felicidade com simplicidade. Dormíamos pensando no
dia que passou, ansiosos pelo novo dia. Lembro do saudoso UEQ (União Estudantil
de Quitaúna), o nosso time de futebol. Tínhamos estatísticas, escalação
antecipada , nosso símbolo pintado no asfalto, camisas compradas na 25 de Março
e pintada a mão.
Brigávamos em um dia e
no outro éramos os melhores amigos. Poderia ficar horas e horas escrevendo aqui
e não faltariam assuntos. Mas infelizmente, com o decorrer dos anos, o tempo se
tornou curto. Não sei se foi a vida que passou rápido ou se foi eu que brinquei
demais...rsss --- Samuel dos Santos
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