sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

A velha infância de meu sobrinho

Hoje, com orgulho, vejo meu querido sobrinho compartilhando um texto primoroso dele sobre os melhores momentos de sua infância. Que boa viagem pela qual todos nós passamos. Achei que vale a pena compartilhei com vocês. 

Minha velha infância

Quantas saudades sinto de um tempo que não volta mais. Passávamos praticamente o dia todo na rua. Não éramos vagabundos. Éramos crianças felizes que aproveitavam à vida de forma simples, porém, que nos trazia enorme prazer. Muitas vezes descalços, sem camisas, matávamos à fome bebendo água. Era futebol, rua contra rua, valendo Tubaína. Nosso bairro tinha vários times, carrinhos de rolimã, que para nós eram carros de F1. À noite, não podia faltar o esconde-esconde, invadíamos os quintais dos vizinhos para nos esconder.

O “Estandão” era o lugar das pipas. E como tinha pipas! Tinha também aquela que muitas vezes   nos salvava da fome e da sede: a nossa amiga bica d’água. Escorregávamos no barro, fazíamos guerras de argila. Tudo era motivo de alegria e de risos. Era a felicidade com simplicidade. Dormíamos pensando no dia que passou, ansiosos pelo novo dia. Lembro do saudoso UEQ (União Estudantil de Quitaúna), o nosso time de futebol. Tínhamos estatísticas, escalação antecipada , nosso símbolo pintado no asfalto, camisas compradas na 25 de Março e pintada a mão.

Brigávamos em um dia e no outro éramos os melhores amigos. Poderia ficar horas e horas escrevendo aqui e não faltariam assuntos. Mas infelizmente, com o decorrer dos anos, o tempo se tornou curto. Não sei se foi a vida que passou rápido ou se foi eu que brinquei demais...rsss --- Samuel dos Santos

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