sexta-feira, 4 de março de 2016

Era uma vez a Jararaca

A Jararaca vive em cerrados e florestas. Seu tamanho médio é de 1,20 cm de honestidade e competência. Grande parte dessa espécie possui vida noturna, pra ninguém ver como ela rasteja nem o que ela anda fazendo para aplicar o seu veneno. Por muitas vezes eu via com meus próprios olhos a grande Jararaca subindo em caminhões de assembleias e depois em palanques pra fazer um discurso eloquente. Discurso de serpente pra convencer a nação de que não havia dentro dela uma alma mais honesta. Até acho que, quando ela tinha aquele tamanho, ela era honesta. Mas a Jararaca cresceu com a sua língua afiada de tal maneira que tudo o que ela falava parecia verdade. Seu veneno estava guardado. Até que finalmente ela deu seu bote fatal nos bolsos de todos os trabalhadores da Nação, os quais ela prometia defender de coração. Ela sempre dizia que não sabia de nada. A velha cobra criou seu próprio ninho de jararacas e trouxe para dentro dele outras cobras da região, como a Jararaca Hugo Chaves, para citar um único exemplo. Essa já provou de seu próprio veneno e foi-se para sempre. A grande Jararaca brasileira, no entanto, está hoje se gabando de que não lhe acertaram ainda a cabeça, apenas o rabo. Não importa. Ela também já tomou de seu seu próprio veneno de corrupção e mentira crônica. Esse veneno, quando pega, é fatal. Seja na cabeça ou seja no próprio rabo. É apenas uma questão de tempo. Era uma vez a Jararaca!

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