A PONTE AINDA NÃO ESTÁ PRONTA, mas temos que atravessar para
o mundo digital. Para isso, precisamos nos tornar triatletas da comunicação para continuar
mantendo contato com meu público e mercado. Grande parte das publicações não conseguiram construir no devido
tempo uma ponte que viabilizasse seu negócio para o mundo digital.
Quem não
digitalizou-se, pode não ter perdido, ainda, a sua publicação mas já perdeu
grande parte de seu público, que abandonou o formato anterior de consumo de
informação. E sem público, nenhuma publicação tem presente nem futuro.
As publicações impressas ainda têm um público fiel, que
talvez não viabilize por muito tempo a sua existência. As volumosas pilhas de
grandes jornais e revistas, por exemplo, que víamos há alguns anos nas recepções
dos prédios e nas bancas de jornais, praticamente desapareceram.
Reinvenção é a palavra da hora e da era, tanto para
publicações como para os profissionais da informação ou comunicação. Se por um
lado o jornalismo em seu formato tradicional vai minguar cada vez mais, por
outro lado, a informação e a comunicação vão demandar conteúdos e formatos cada
vez mais criativos e transformadores para seus públicos.
Como triatleta da notícia, todo profissional deve saber
operar bem todos os formatos de mídias, sabendo produzir um conteúdo adequado
para cada uma delas, para manter e ampliar seu público de confiança, que
representa hoje o maior patrimônio do profissional de comunicação. As máquinas
até poderão produzir textos com a Inteligência Artificial, mas ainda será
necessário ouvidos e corações humanos para curtir e interagir com a notícia.
Vamos precisar cada vez mais de discussão, provocação,
disrupção, reinvenção e transformação tanto nas redações como nas agências de
comunicação e de assessorias de imprensa. Não é só questão de pauta, de "o
quê". As outras questões jornalísticas - como, quando, para quem e por quê
- são cada vez mais fundamentais para o próprio sucesso do negócio da
comunicação.