Roger Cohen está extremamente feliz atrás do volante da última versão da Kombi produzida no Brasil, no final de 2013. O respeitado jornalista americano do New York Times, enquanto dirige, olha para mim e pergunta a que eu atribuo o enorme sucesso desse modelo no mercado brasileiro. Because it's enough! respondi, explicando que o veículo sempre foi considerado adequado o suficiente para atender muito bem as suas mais variadas aplicações do mercado, por um valor relativamente baixo. Sai naquela mesma semana o artigo no New York Times intitulado The Kombi Madeleine, baseando-se no significado da palavra "suficiente" (enough) no contexto da nossa avançada era tecnológica. Leia a matéria completa no link abaixo. E hoje, falando num contexto mais abrangente, e em tempos de vacas magras no Brasil, do que realmente precisamos? Do suficiente! Daquilo que basta, que satisfaz, que não necessita mais. Em geral, é oferecer ou consumir exatamente o que você precisa, o que atende as principais necessidades, suas e as de seus clientes. É não deixar a vaquinha magra morrer. "Nunca, na história desse país" foi tão importante levar em consideração o que é suficiente em praticamente tudo. Por exemplo, o que é suficiente para a empresa atrair e garantir a satisfação dos clientes e ter receitas e não prejuízos? Com muito planejamento as empresas se tornarão cada vez mais enxutas, a medida que investirão nesse período apenas o suficiente. O que seria, por exemplo, na apresentação de ideias, serviços e orçamentos uma boa proposta, suficiente para vencer a concorrência nesse tempo de limitação de verbas? Resposta: uma proposta suficientemente boa para isso. Saber o que é suficiente é a estratégia mais inteligente do momento. Nesse contexto, suficiente é mais do que nunca ser criativo, eficiente e acessível. Sem grandes investimentos. Apenas grandes ideias na medida certa. Nem mais, nem menos! O que basta em termos de recursos tecnológicos e bens de consumo para se garantir um bom padrão de vida, curtindo uma vida simples e feliz? Você responde. Ao entrar em uma loja de produtos de luxo, o cantor americano mais pop do mundo, apontava para vários objetos caríssimos e caminhava dizendo: "I want thiiss! I want thaaat!" Seu assessor se apressava para registrar todos os seus pedidos de milhares e milhares de dólares. O que era ou não suficiente para ele? Ele já partiu. Já mais próximo da realidade brasileira, o meu grande amigo gaúcho, Martin Bernsmuller, um batalhador quase incansável, me disse certa vez: "Por que vou dispensar essa camisa, se ela ainda me serve?" Ela era suficiente para ele naquele momento. Bastava. Claro, a ideia do que é suficiente é muito pessoal e diferente em todas as pessoas de todas as classes e culturas. Umas querem demais, além dos limites delas e dos outros. Outras sabem se satisfazer com muito menos. Eu suponho que as pessoas mais satisfeitas sejam aquelas que conseguem determinar o que verdadeiramente basta para elas atenderem às suas necessidades e expectativas. Para quem ainda não descobriu isso, nada é suficiente.
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