sábado, 15 de novembro de 2014

Você precisa disso agora?

Nascemos consumidores e vamos consumir até o fim. Até o fim do que consumimos ou até o nosso próprio fim. É assim mesmo, não tem como deixar de consumir todo dia. A questão como sempre é o equilíbrio. Um filme, por exemplo, uma vez mostrava um grande cantor americano de música pop, que não vive mais entre os consumidores, M.J., entrando em várias lojas diferentes com assessores para todo lado que iam anotando os seus objetos de ...olhar. "I want thiiis....I want thaaat!". Mal dava tempo para os assessores observarem e registrarem direito todos os pedidos de compra. Na verdade, mal dava para o cantor desejar direito tudo o que via. O objetivo era simplesmente ter aquelas riquezas para si. Custavam milhares de dólares. Para isso, claro, o homem tinha muito, e coloca muito nisso, poder aquisitivo. Ou poder consumista. Mas um outro grande exemplo contrário a isso mostrou uma vez para mim o poder do equilíbrio diante de uma sociedade de consumo. Meu amigo, e possivelmente seu também, Martin Bernsmüller, um simpático gaúcho veterano que já conheceu praticamente todos os países desse planeta, uma vez colocou: "Por que vou trocar essa blusa por uma nova se essa ainda me serve?". Depois disso, sempre que vou ao shopping, sozinho ou com a família, e surge, imagina se não surge, um desejo enorme de comprar algo novo, a primeira coisa que pergunto é: "Mas você está precisando disso agora?" Quando a resposta é não, então aprendemos a não ser consumistas por impulso. E a curtir e valorizar melhor o que já temos. Grande Martin! Por onde ele anda? Continua viajando pelo mundo afora, com seu sorriso simpático e grande sabedoria!

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Não lhe mande um abraço

Manda um abraço pra ele! Manda um beijo pra ela! Eu não sei o que acontece durante o encaminhamento desse carinho brasileiro, mas a impressão que tenho é que ninguém entrega nada pra ninguém. Ele nunca recebe aquele abraço e ela nunca fica sabendo que havia um beijo mandado pra ela. Nessa distribuição de beijos e abraços entre pessoas que estão distantes e não se veem ou não se encontram tudo se perde e ninguém cobra nada. Fica tudo esquecido pelo caminho. Algumas pessoas ficam satisfeitas por terem pelo menos enviado o seu sinal de afeto acreditando que fizeram bem a sua parte. As outras sequer saberão que foram lembradas. A culpa é da amizade intermediária? De jeito nenhum. Tem coisas que você jamais deve terceirizar. Um abraço na pessoa querida é uma delas. Um beijo então nem se fala. Ou você acha que pedindo a alguém para fazer a sua parte terá o mesmo calor humano seu? Melhor não! Ora, meu! Dá um jeito e vai você mesmo ou você mesma dar um abraço ou um beijo nessa pessoa querida. Se você não acha que vale a pena, então não peça a mim para fazer isso. Um abraço!

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Nascido para construir ou para destruir

Meu saudoso pai costumava dizer que algumas pessoas nasceram para construir enquanto outras nasceram para destruir. É a pura verdade contada pela história. E nesse mundo de gente que nasce para todo tipo de propósito, há aqueles que nasceram para roubar. E fazem isso com a maior naturalidade e sem o menor constrangimento, talvez até acreditando em um "justo" motivo para si mesmo e para seus cúmplices. Para elas, o roubo é uma atitude e uma oportunidade que não se pode perder. Afinal, o tempo se vai e elas nasceram para isso mesmo. Rouba-se em todas as classes sociais. Rouba-se pouco, rouba-se muito. Rouba-se do patrimônio privado e rouba-se muito mais do patrimônio público. Rouba-se dos que tem muito e rouba-se dos que não tem nada.  Ele é praticado sozinho, em quadrilha e muito mais em partidos. Eles são pegos, são presos e são soltos, voltando a roubar de novo, exercendo o seu jeitinho natural. Jamais se arrependem. Sempre haverá o joio e o trigo até o fim da colheita, ou até o fim do joio. Só não dá para entender por que o trigo dá tanto espaço para o joio no Brasil.