sábado, 15 de agosto de 2015

A geração das perguntas


Que história a geração atual está escrevendo, compartilhando e deixando para as próximas? Sem dúvida, nunca houve uma geração tão bem informada, ou tão online ou conectada.  Mas o que essa avalanche de informações ou conexão está produzindo? Ironicamente, é uma geração de muito mais perguntas do que de respostas. Nunca se perguntou tanto, nunca se respondeu tão pouco.  Não porque são poucas as respostas, mas porque elas não satisfazem mais. Alguém já disse que a pergunta certa é muito mais importante do que a resposta certa para a pergunta errada. É também  uma geração de muitas opiniões. Um certo alemão comentou uma vez que onde estão duas pessoas juntas, ali há três opiniões. Um escritor americano já dizia também que impressões não compartilhadas morrem com o individuo. Essa geração tem medo de não expressar sua individualidade. De deixar a sua história passar em branco. Assim, ela acaba compartilhando muito mais dúvidas e expectativas do que objetivos em direção a um norte. Ela está mais cercada de insegurança e insatisfação do que qualquer outra em tempos de paz. Acho que falta justamente isso para essa geração: falta-lhe mais paz, mais perspectiva e mais alegria. Especialmente para os brasileiros dessa geração. Temos que cuidar melhor de nossos jovens e de nossas crianças. Se não for possível dar-lhe todas as respostas, o que não é mesmo possível, vamos buscar pelo menos dar-lhes um pouco mais de segurança, serenidade e paz.

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