Seria um dia fatídico para o mundo todo. Era 11 de setembro de 2001. Para mim, ele começou assim. Um grupo de 40 jornalistas brasileiros participaria no dia seguinte do maior Salão do Automóvel do mundo, em Frankfurt, que reúne mais de 7 mil jornalistas de todos os cantos do planeta para conhecer as novidades que circulariam nas ruas e estradas de vários países. Os brasileiros assistiam a uma coletiva de imprensa com o presidente da associação dos fabricantes de automóveis da indústria alemã. O jornalista Jorge Moraes chegou trazendo uma informação que comentaria separadamente e chocaria em minutos a todos os presentes. “Um avião atingiu uma das Torres Gêmeas!”. Mais incrédulo que espantado, pensei naquele momento que se tratava de um acidente terrível ou seria apenas uma informação desencontrada. Logo, a informação seria compartilhada pelo próprio presidente da entidade que fazia a conferencia de imprensa. “Outra torre foi atingida e agora as duas torres já caíram!” Espanto e desespero, foram as principais emoções. Essa informação acabaria com todas as coletivas de imprensa programadas para o Salão do Automóvel no dias seguintes, por questão de ânimo e segurança. Muitos jornalistas não quiseram nem seguir para o local da exposição no dia seguinte. Foi nesse momento que, como todos os colegas e pessoas com quem falei, senti fortemente aquele desejo de estar próximo da família para esperar juntos o pior, ou seja o que for. Seria o início de uma Guerra Mundial, como muitos pensaram?. Seria o início do final do mundo, como muita gente imaginou? Naquela hora, tão longe de casa, saber que seus queridos estariam bem era a coisa principal. Hoje, novamente, estamos em Frankfurt, com os mesmos objetivos e sem aquele medo. Nos grandes momentos, com as grandes emoções humanas, o calor e o amor de sua família tem um gostinho muito especial. Estar perto é bem melhor que estar longe!
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